Azarão em 2014, Kassab quer repetir 2008

Portal Plantão Brasil
16/1/2014 11:53

Azarão em 2014, Kassab quer repetir 2008

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1253 visitas - Fonte: Brasil 247

Ex-prefeito anuncia à presidente Dilma Rousseff que será candidato a governador de São Paulo; PT o vê como espécie de linha auxiliar contra Geraldo Alckmin, cujo PSDB faz pouco de suas chances; mas Gilberto Kassab já mostrou como se ganha dos dois juntos; na capital, em 2008, tirou mais de 30 pontos de diferença de Alckmin para chegar ao segundo turno contra Marta Suplicy e, ali, batê-la; agora ele não tem máquina administrativa, mas montou um PSD forte no interior e tem o recall de prefeito; Kassab tentará minimizar seus pontos fracos e se firmar como candidato a dividir as bases tucanas no primeiro turno e contar com elas se chegar à volta final; fraco?





247 – Um personagem que anda em baixa nas bolsas de apostas para o governo de São Paulo confirmou à presidente Dilma Rousseff que será candidato em outubro. Mas ao anunciar sua entrada na disputa, Gilberto Kassab, do PSD, mostrou que, na condição de azarão, largou bem. Além de reafirmar sua condição de aliado de Dilma nos palanques, ele abriu espaço dentro do PSD para participar da reforma ministerial que a presidente ensaia – e guardou para si próprio uma chance de surpreender os favoritos na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.



Nos bastidores, PT e PSDB torciam pela presença de Kassab na eleição. A leitura da cúpula petista é a de que Kassab engrossa a oposição a Alckmin e, em tudo identificado com o campo ideológico do governador, lhe causará estragos sem incomodar Padilha.



Como se diz na política, faria o papel de linha auxiliar.



Entre os tucanos, Kassab até aqui não incomoda. No céu das pesquisas eleitorais, Alckmin não se viu enfraquecido nos cotejamentos com o ex-prefeito.



O jogo, porém, está só começando. Kassab, em 2008, também largou atrás, com mais de 30 pontos a tirar do então candidato Geraldo Alckmin. O atual governador liderava a disputa ao lado de Marta Suplicy, do PT.



No primeiro turno de 2008, Kassab, como se espera dele agora, ocupou o espaço ideológico reservado ao tucano e, à frente da máquina da prefeitura, que herdara de José Serra, ultrapassou Alckmin. No segundo, absorveu praticamente todos os votos do tucano e deu um passeio no PT.



Esse histórico mostra que Kassab não é um candidato a ser desprezado. Ele montou um PSD que tem bases reais no interior de São Paulo. Não terá, assim, dificuldade para subir em palanques em todas as cidades importantes. No terreno dominado por Alckmin, Kassab pode empreender uma disputa ideológica forte, buscando ser ele próprio o representante da centro-direita.



O ex-prefeito, hoje, não conta com a máquina da Prefeitura, e terá o desgaste de uma administração longa, de mais de sete anos em São Paulo. Mas isso não significa que ele não possa aproveitar o que existe de recall positivo. Provocado, terá exposição suficiente para defender sua administração.



Caso os planos de Kassab deem todos certos, e ele consiga a proeza da polarização contra Alckmin no interior e beliscar lascas de votos em seus antigos redutos na capital paulista, o ex-prefeito pode esperar que as circunstâncias o ajudem a, por que não?, chegar ao segundo turno.



Se chegar, Kassab já mostrou que atrai automaticamente o pólo conservador e, turbinado, pode ser maior que a esquerda.



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