Rabo preso e hipocrisia: Aécio já teve feudo na Caixa

Portal Plantão Brasil
15/1/2014 18:49

Rabo preso e hipocrisia: Aécio já teve feudo na Caixa

O deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara dos Deputados, falou ao 247 sobre o episódio das contas encerradas pela Caixa Econômica Federal

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2290 visitas - Fonte: Brasil 247

O deputado André Vargas (PT-PR) diz estar indignado com a entrevista concedida ontem pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), em que o presidenciável tucano anunciou um processo judicial contra a Caixa Econômica Federal, em razão de contas inativas que foram encerradas (leia mais aqui). Segundo Aécio, a Caixa "deve satisfações ao Brasil", em razão do que chamou de "confisco". Ele afirmou ainda que "a ocupação de cargos por feudos que apoiam o governo prejudica a gestão de empresas públicas como a Caixa".



O motivo da "indignação" de Vargas é o fato de Aécio Neves ter sido diretor da Caixa Econômica Federal aos 24 anos, nomeado por José Sarney, após a morte do avô Tancredo Neves. "O senador Aécio, antes de criticar um banco como a Caixa, deveria ter olhado a própria biografia", disse o deputado paranaense. "Ele foi diretor do banco quando ainda era um garoto recém-formado, tendo como única credencial no currículo o fato de ser neto do Tancredo".



A atuação na Caixa consta da biografia oficial de Aécio (confira aqui). O texto informa que, em 1985, "após a morte de Tancredo Neves, é nomeado diretor da Caixa Econômica Federal e presidente da Comissão do Ano Internacional da Juventude".



Naquele ano, Aécio foi nomeado para a diretoria então ocupada por Jorge Murad, que era genro de Sarney, e passou a ser assessor particular do então presidente da República. "Aécio, sim, teve um feudo na Caixa Econômica Federal", diz André Vargas.



O deputado afirma ainda que a coletiva de Aécio reflete "sua animosidade contra as estatais". Segundo ele, "o projeto tucano contempla a retomada de uma agenda interrompida, que passa pela privatização dos bancos oficiais".



Em relação ao encerramento das contas inativas, ele diz que o procedimento é "normal e adotado por todos os bancos públicos ou privados."



O PSDB anunciou uma ação judicial para apurar se houve "gestão temerária" no banco. O partido pretende, ainda, convocar o presidente do banco, Jorge Hereda, e o ministro Guido Mantega, da Fazenda, a prestar esclarecimentos no Congresso.



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