1361 visitas - Fonte: Tijolaco
Uma pessoa que trabalhou com Leonel Brizola por 20 anos não pode ser avesso à polêmica.
Muito menos quem redige este Tijolaço pode ser.
Tanto que escrevi lá em cima e repito todo dia que, sem polêmica, a política só serve às elites.
Portanto, vou continuar falando o que penso e, sobretudo, a que leva a parca capacidade de raciocínio que tenho.
Tenho o “péssimo” hábito de pensar antes de escrever, embora nem sempre, como qualquer pessoa, pensar não signifique acertar. Mas reduz o erro, reduz.
No caso do Facebook do PT, tudo o que a imprudência dos editores do site petista conseguiram foi jogar água no moinho troncho de Campos.
Ele, que agride a aliança da qual sempre participou e com a qual cresceu politicamente, ficou posando de vítima, com todo o apoio da mídia.
Embora ache que chama-lo de tolo e de “playboy” não o descrevam (prefiro oportunista, traiçoeiro, ambicioso, ingrato e capaz de oferecer-se à direita) está na cara que publicar um texto sem assinatura no facebook do partido ia dar nisso.
Deu e ainda fez dirigentes do PT ficarem gaguejando desculpas indevidas.
É diferente de um parlamentar, um militante político ou um articulista dizer.
Já fui assessor de imprensa e dirigente partidário.
Falei em nome de pessoas e instituições.
E escrevo, colocando a cara a tapa e a processos, todos os dias.
Já errei e procuro não errar, embora me sujeite a isso cinco, seis, dez vezes por dia.
Uma coisa é o combate político.
Outra é a capacidade de diálogo que um candidato ou um partido precisa manter.
Há a hora de bater e há o em quem bater. E o como.
Eu compreendo perfeitamente que um colaborador político, como o que fez o texto, possa se sentir indignado.
Mas não compreendo que ele esqueça que é um auxiliar e, portanto, será impróprio que fale pelo partido.
Acho justo que os petistas perguntem onde estão seus deputados, seus senadores, seus dirigentes não o façam.
Cansei de discordar de posições de Leonel Brizola. E, nas minhas funções de auxiliar, seria absurdo que eu emprestasse a natureza de “oficiais” às minhas opiniões, divergentes.
Logo cedo, aprendi como se manipulam as coisas.
Declarei que Brizola ia garantir a posse de uma terra que havia sido invadida por lavradores pobres.
A Última Hora, já entregue ao Coronel Mário Andreazza, mancheteou, usando minhas palavras: “Invadam, Brizola garante”.
Se, a toda hora, um auxiliar meter o peito na porteira e produzir uma polêmica vazia destas, só vai levar água ao moinho campista.
Política não precisa ser soturna e “careta”, mas tem de ser séria e responsável.
O que está em jogo é o destino do povo brasileiro.
E com isso eu não brinco, nem acho que se deva brincar.
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