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Ministros criticam a falta de critério objetivo do presidente do STF na AP 470, que antecipou férias e deixou a prisão de dois condenados em aberto; para um deles, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), apenas a exposição midiática do caso justificaria a demora para a expedição de um mandado de prisão, reforçando a tese de que Barbosa tem agido mais como candidato do que como juiz; também incomoda a corte o fato de José Genoino ter sido preso, enquanto outro condenado, Roberto Jefferson, segue livre, leve e solto; nessa confusão, até um dos principais aliados de Barbosa, o jornal O Globo, se mostrou incomodado com seu esquecimento na charge de Caruso
Ao antecipar suas férias e deixar em aberto dois mandados de execução de penas da AP 470, Joaquim Barbosa evidenciou suas falta de critério objetivo no caso. É o que teriam dito três ministros do Supremo Tribunal Federal em anonimato à Folha de S. Paulo.
Nesta segunda-feira, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, determinou o fim do julgamento para deputado João Paulo Cunha (PT-SP) e a prisão imediata pelos crimes de corrupção e peculato.
No entanto, o advogado Alberto Zacharias Toron afirmou que seu cliente não se apresentou à Polícia Federal porque ainda não foi expedida ordem de prisão por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, Roberto Jefferson, aquele que foi condenado sem direito a embargos e confessou ter administrado um caixa dois de R$ 4 milhões, ainda goza da liberdade. Por questão de saúde, ele pleita o direito de cumprir prisão em regime domiciliar.
Para um dos ministros ouvidos pelo jornal, apenas a exposição midiática do caso justifica a demora para a expedição de mandados de prisão, reforçando a tese de que Barbosa tem agido mais como candidato do que como juiz.
Outro ponto questionado por ministros foi o show aéreo custeado com recursos públicos para levar presos num avião da Polícia Federal a Brasília no dia 15 de novembro, para que, depois, eles retornassem a seus estados de origem.
Joaquim Barbosa tem até março de 2014 para definir se será ou não candidato à presidência da República, em 2014. Como a lei dá esse privilégio aos juízes, o mistério será mantido até lá.
Como, no quadro atual, ele parece ser o único nome capaz de garantir um segundo turno, o assédio tem sido pesadíssimo. E é cada vez maior a convicção de que ele age como candidato – não como juiz.
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