Eduardo Campos rebate PT: seita fundamentalista!

Portal Plantão Brasil
8/1/2014 13:31

Eduardo Campos rebate PT: seita fundamentalista!

Em nota, PSB acusa petistas de "desespero" diante de sua candidatura própria à Presidência da República

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1215 visitas - Fonte: Brasil 247

247 - O PSB, partido do governador de Pernambuco e pré-candidato à presidência, Eduardo Campos, acusou os petistas de "desespero" diante do fato de sua legenda, antes aliada ao governo, agora ter candidato próprio, e chamou o partido da presidente Dilma Rousseff de "seita fundamentalista que ataca qualquer um".



As críticas são uma resposta ao texto publicado no Facebook do Partido dos Trabalhadores nesta terça-feira 7. A nota, que não é assinada, acusa Eduardo Campos de ser ingrato por ter "crescido politicamente" graças ao governo petista e de ter "vendido a alma à oposição em troca de uma possibilidade distante – a de ser presidente da República".



No texto do PSB, o vice-presidente da legenda e líder do partido na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), acusa o PT de usar "termos chulos" e diz que a nota "revela que a parcela que hoje domina o PT perdeu completamente seu espírito republicano, abandonou seu norte politico e transformou-se numa seita fundamentalista que ataca qualquer um".



Também pelo Facebook, Eduardo Campos chamou de "ataque covarde" a nota do PT e afirmou que seguirá firme "no debate de alto nível sobre o Brasil", sem se estender mais sobre o assunto. "O resto a gente ignora. Porque, enquanto os cães ladram, a nossa caravana passa. Vamos em frente, pessoal", escreveu o presidente do PSB.



Leia abaixo a íntegra da nota do PSB:



Nota Oficial do PSB sobre nota publicada no perfil oficial do PT no Facebook



Sobre nota publicada no perfil oficial do Partido dos Trabalhadores (PT) no Facebook, intitulada "A Balada de Eduardo Campos", o Partido Socialista Brasileiro (PSB) considera que:



1. Fica evidente o desespero da direção do Partido dos Trabalhadores frente à discussão democrática do PSB em ter candidato próprio à Presidência da República em 2014. Tal desespero só demonstra a força das ideias e do debate que o PSB está propondo, sendo a real alternativa para que o Brasil avance nas mudanças que o povo brasileiro clama e precisa;



2. É impossível negar os avanços que o Governo de Pernambuco obteve nos últimos sete anos, sob o comando do presidente nacional do PSB, Eduardo Campos. Alegar que o sucesso do Governo de Pernambuco deveu-se a ajuda federal é, no mínimo, ingênuo, pois tal ajuda se fez presente a todos os Estados, inclusive aqueles dirigidos pelo PT, que não tiveram a mesma capacidade de formulação de projetos, planejamento e execução que o Governador Eduardo Campos, o mais bem avaliado e aprovado do país, reeleito com a maior votação da história do seu Estado.



3. Além do ataque covarde e despolitizado ao Governador Eduardo Campos, a nota ainda usa termos chulos para tratar a ex-senadora Marina Silva, líder da Rede Sustentabilidade e filiada do PSB, uma ativista reconhecida internacionalmente pela sua defesa do desenvolvimento sustentável e figura de postura ímpar na política brasileira.



4. A nota revela que a parcela que hoje domina o PT perdeu completamente seu espírito republicano, abandonou seu norte politico e transformou-se numa seita fundamentalista que ataca qualquer um, mesmo sendo um importante ator do campo das esquerdas, que discorde em qualquer medida da atual condução política e econômica do país e das velhas práticas políticas que se assiste em Brasília;



5. O PSB manter-se-á firme na propositura de mudanças profundas na forma de se fazer política no Brasil, resgatando a dignidade dos partidos e agentes politicos, tão desgastados pela descompostura daqueles que hoje formam a aliança que dirige Brasília.



6. Por fim, o PSB clama à sociedade brasileira que rechace a forma desrespeitosa, patética e desqualificada com a qual o Partido dos Trabalhadores está tentando conduzir o debate pré-eleitoral de 2014. O Brasil merece respeito.



Beto Albuquerque

Líder do PSB na Câmara dos Deputados



A mensagem de Eduardo Campos em sua página no Facebook:



A esta altura do dia, a maior parte de vocês devem ter tido conhecimento do ataque covarde desferido contra mim. Não irei me pronunciar sobre o assunto, tudo o que é preciso dizer foi dito pelo vice-presidente do meu partido, o deputado Beto Albuquerque, na nota em anexo.



Em respeito às inúmeras pessoas que mandaram mensagens, direi apenas que sigo firme no debate de alto nível sobre o Brasil, sobre a construção de uma nova política que transforme verdadeiramente a vida das pessoas e do País.



O resto a gente ignora. Porque, enquanto os cães ladram, a nossa caravana passa. Vamos em frente, pessoal.



E a crítica do PT, publicada ontem:



A BALADA DE EDUARDO CAMPOS



Por um momento, desses que enchem os incautos de certezas, o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, achou que era, enfim, o escolhido.



Beneficiário singular da boa vontade dos governos do PT, de quem se colocou, desde o governo Lula, como aliado preferencial, Campos transformou sua perspectiva de poder em desespero eleitoral, no fim do ano passado.



Estimulado pelos cães de guarda da mídia, decidiu que era hora de se apresentar como candidato a presidente da República – sem projeto, sem conteúdo e, agora se sabe, sem compostura política.



O velho Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos, faz bem em já não estar entre nós, porque, ainda estivesse, morreria de desgosto.



E não se trata sequer da questão ideológica, já que a travessia da esquerda para a direita é uma espécie de doença infantil entre certa categoria de políticos brasileiros, um sarampo do oportunismo nacional. Não é isso.



Ao descartar a aliança com o PT e vender a alma à oposição em troca de uma probabilidade distante – a de ser presidente da República –, Campos rifou não apenas sua credibilidade política, mas se mostrou, antes de tudo, um tolo.



Acreditou na mesma mídia que, até então, o tratava como um playboy mimado pelo "lulo-petismo", essa expressão também infantilóide criada sob encomenda nas redações da imprensa brasileira.



Em meio ao entusiasmo, Campos foi levado a colocar dentro de seu ninho pernambucano o ovo da serpente chamado Marina Silva, este fenômeno da política nacional que, curiosamente, despreza a política fazendo o que de pior se faz em política: praticando o adesismo puro e simples.



Vaidosa e certa, como Campos, de que é a escolhida, Marina virou uma pedra no sapato do governador de Pernambuco, do PSB e da triste mídia reacionária que em torno da dupla pensou em montar uma cidadela.



Como até os tubarões de Boa Viagem sabem que o objetivo de Marina é se viabilizar como cabeça da chapa presidencial pretendia pelo PSB, é bem capaz que o governador esteja pensando com frequência na enrascada em que se meteu.



Eduardo Campos é o resultado de uma série de medidas que incluem a disposição de Lula em levar para Pernambuco a Refinaria Abreu e Lima, em parceria com a Venezuela, depois de uma luta de mais de 50 anos. Sem falar nas obras da transposição do Rio São Francisco e a Transnordestina. Ou do Estaleiro Atlântico Sul, fonte de empregos e prestígio que Campos usou tão bem em suas estratégias eleitorais



Pernambuco recebeu 30 bilhões de reais do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, do qual a presidenta Dilma Rousseff foi a principal idealizadora e gestora.



O estado também ganhou sete escolas técnicas federais, além de cinco campi da Universidade Federal Rural construídos para melhorar a vida do estudante do interior.



Eduardo Campos cresceu, politicamente, graças à expansão de programas como Projovem, Samu, Bolsa Família, Luz para Todos, Enem, ProUni e Sisu. Sem falar no Pronasci, que contribuiu para a diminuição da criminalidade no estado, por muito tempo um dos mais violentos do País.



Campos poderia ser grato a tudo isso e, mais à frente, com maturidade e honestidade política, tornar-se o sucessor de um projeto político voltado para o coletivo, e não para o próprio umbigo.



Arrisca-se, agora, a ser lembrado por ter mantido entre seus quadros um secretário de Segurança Pública, Wilson Damázio, que defendeu estupradores com o argumento de que as meninas pobres do Recife, obrigadas a fazer sexo oral com marginais da Polícia Militar, assim agiam por não resistirem ao charme da farda.



"Quem conhece Damázio, sabe que ele não tem esses valores", lamentou Eduardo Campos.



Quem achava que conhecia o governador do PSB, ao que tudo indica, ainda vai ter muito o que lamentar.



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