1358 visitas - Fonte: Tijolaço
Sabe aquele veterano humorista da máscara de plástico, o Patropi, interpretado pelo ator Orival Pessini?
Pensei nele lendo o noticiário econômico, hoje, e as previsões catastrofistas que inundam jornais rádios e televisão.
Mais cedo falei das vendas de aparelhos de ar condicionado, ventiladores e semelhantes, que esvaziou os estoques das lojas.
Depois, li que a indústria automotiva bateu todos os recordes de produção, crescendo 10% – dez por cento ao ano é para chinês nenhum botar defeito! – embora o ritmo de vendas internas tenha sido baixo, com a recuperação de nossas exportações de veículos cresceram 26,5% em número de unidades e 13% em valor.
A produção de máquinas agrícolas cresceu 20% em 2013.
As companhias aéreas pedem um montanha de voos extras para a Copa.
O dinheiro que não foi para o consumo fez a captação das cadernetas de poupança bater recorde: com R$ 71 bi, ficou 40% acima do saldo do anos passado, de R$ 50 bi.
Isso porque os consumidores aumentaram a quitação de suas dívidas.
Os pedidos de falência caíram 8,3% em 2013, sobre 2012.
Está certo que a economia brasileira tem problemas, ninguém os nega.
Mas um país com estes resultados está no azul, não no vermelho.
A economia, ao contrário do que muitos pensam, não é uma ciência exata, é uma ciência humana, sabiam?
É algo que depende de relações humanas e sentimentos humanos: otimismo, pessimismo, desejos , expectativas e ambiente.
E não é só dos “big boss”, é de uma legião de pequenos agentes econômicos, produtores e consumidores, que vem a força para girar essa imensa roda econômica da sexta economia do mundo.
Claro que não são só vontade e otimismo o que faz uma economia avançar, mas que má-vontade e pessimismo permanente a travam – como travam qualquer atividade humana – isso é parte da própria ciência econômica.
Temos, perdoe-me o Pessini, uma elite caricata, mascarada e incapaz.
Com toda a sofisticação de sua turma de analistas e especialistas econômicos, quem olhar racionalmente vai ver uma incongruência total entre o que dizem e o que existe.
O Brasil não será grande com eles, mas será grande – para seu povo – apesar deles.
Neste ano de Copa, não é demais lembrar a lição de Nélson Robrigues sobre o “complexo de vira-latas”.
De fato, a auto-estima é o ponto mais fraco de todo ser humano.
E, como uma nação é – essencialmente – uma coletividade humana conhecida como povo, é nele que nos tentam e tentarão atingir.
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