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Professor Cláudio Gonçalves Couto, da Fundação Getúlio Vargas, publica importante artigo sobre a ação política de Joaquim Barbosa; segundo ele, as prisões "produziram excessos, como a destinação ao regime fechado de condenados ao semiaberto e a condução a Brasília de réus domiciliados longe dali"; o cientista político afirma ainda que "uma eventual eleição de Barbosa seria a receita perfeita para que experimentássemos o populismo"
Professor da Fundação Getúlio Vargas, o cientista político Cláudio Gonçalves Couto publica, nesta quinta-feira, importante artigo sobre a ação política de Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (leia aqui "Barbosa e o populismo").
Segundo ele, o juiz que pode estar prestes a trocar a toga pela política, é um exemplo clássico de um populista. "Barbosa surge para uma boa parcela do eleitorado e mesmo da opinião pública como a figura do herói", diz ele. "Por fim, vieram as prisões dos condenados. Determinadas por ele, começaram seletivamente pelos petistas, foram significativamente realizadas no dia da República e produziram excessos, como a destinação ao regime fechado de condenados ao semiaberto e a condução a Brasília de réus domiciliados longe dali", prossegue, afirmando ainda que foi "explícita uma certa tendência a exceder os limites do que autoriza a lei".
O cientista político afirma ainda "que uma eventual eleição de Barbosa seria a receita perfeita para que experimentássemos o populismo", figurino que serviria ao presidente do STF. "Barbosa se enquadraria a um feitio similar. Oriundo de fora dos partidos estabelecidos e propenso a exceder os limites institucionais para fazer valer suas convicções, angariando apoio popular, é difícil imaginá-lo construindo coalizões e fazendo concessões a políticos tradicionais para lograr avanços parciais em seu projeto. O mais provável seria tentá-lo fazer na marra, como o fazem os heróis."
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