1932 visitas - Fonte: Tijolaço
No post anterior, mencionei o crescimento nas compras em shoppings, mas não mencionei que os grandes sites da mídia passaram o dia a afirmar que este foi “o pior natal” dos últimos 11 anos.
A base para esta afirmação foi o relatório do Serasa, que procede a consultas sobre emissão de cheques e abertura de crediários.
E, ao que eu saiba, deixa de fora as modalidades de compra que mais crescem, tanto a presencial como a remota: o cartão de crédito/débito e o comércio via internet.
Se usassem estes como medida, poderiam ter escrito perfeitamente que este foi o melhor Natal em vendas da história, porque as vendas via internet superaram em muito as já otimistas projeções do setor.
As empresas do e-commerce esperavam vender 25% mais este ano. Venderam 41% a mais que no Natal passado: R$ 4,3 bilhões.
Ano passado, disseram que o resultado foi decepcionante porque venderam apenas 18% a mais. Agora, o crescimento mais que duplicou.
Não tenho ainda dados sobre o movimento de cartões de crédito no Natal, mas é possível estimar o mesmo, principalmente porque a opção de compras parceladas é cada vez maior por este meio, em substituição ao tradicional crediário.
E não se diga que a baixa renda fica fora desta modalidade: o próprio Serasa admitia que, em setembro deste ano, a classe E já representava 16,8% da demanda por cartões de crédito.
Claro que já tivemos momentos de consumo mais aquecidos, mas é impossível deixar de se impressionar com a capacidade de desinformação de que são capazes os jornais brasileiros.
Porque são capazes de ignorar as próprias notícias que publicam e as mudanças de hábito do consumidor.
O importante é propagar um pessimismo que, além de falso, é desmentido escandalosamente pelos fatos.
Que, é claro, não importam.
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