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Dilma revelou surpresa com a quantidade de água inundando casas em alagamento no Espírito Santo
A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (24), em Vitória, no Espírito Santo, que os governos precisam se concentrar em três medidas imediatas para tratar as consequências das chuvas que afetam o estado nos últimos dias. Ao lado do governador Renato Casagrande (PSB), ela visitou áreas atingidas por inundações que já deixam 14 mortes apenas no estado.
“O mais importante é salvar vidas. O fator mais importante agora é a vida humana, e o Exército tem grande capacidade de resgate”, disse. Segundo a presidenta, além de impedir novas mortes, o governo vai trabalhar para recuperar a condição de vida da população e evitar que novos desastres ocorram.
De 49,8 mil desabrigados até aqui, cerca de 44,5 mil estão hospedadas na casa de parentes e 5,3 mil em abrigos.
A estimativa é que 20 mil quilômetros de estradas tenham sido destruídos e danificados pelos temporais. A Defesa Civil alerta para o risco de alagamentos nas regiões de Linhares e Colatina, às margens do Rio Doce - cujo nível de água aumentou. Na região de Serrana, o alerta é para perigo de deslizamentos. Segundo o órgão, as defesas civis municipais estão informadas da situação e preparadas para caso seja necessário fazer evacuação emergencial.
Dilma destacou a importância do Sistema de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, criado em 2011, que já destinou, apenas para o Espírito Santo, R$ 600 milhões para obras de prevenção de desastres. De acordo com o Palácio do Planalto, todas as obras já foram contratadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Dilma e Casagrande se reuniram logo depois do sobrevoo para ouvir agentes da Defesa Civil estadual, que estão atuando na busca e salvamento de vítimas. "Eu vi isso no Maranhão, quando houve alagamento no Maranhão. Mas aqui eu vi uma quantidade de água absurda. É impressionante. Tem não só nos alagamentos das casas das pessoas, tanto em Serra como aqui na Vila Velha, mas também em locais que a gente percebe claramente que uma parte, a parte mais perto do mar do terreno é mais alta, e quanto mais se distancia, ela cai. Então ali deve ser dificílimo reduzir o alagamento."
Dilma também falou sobre as medidas que já foram adotadas até o momento para ajudar o estado. Ela não descartou liberar recursos além dos R$ 600 milhões enviados via PAC, mas disse que isso será avaliado em conjunto entre o Ministério da Integração Nacional e o governo estadual.
Os 3 mil kits dormitório, de limpeza e de higiene pessoal colocados à disposição pelo governo federal já estão sendo distribuídos para as cidades mais afetadas. Outros dez kits com 30 tipos de medicamentos e 18 insumos para primeiros-socorros também serão enviados pelo Ministério da Saúde. Representantes do órgão afirmam que cada kit é suficiente para atender a 1,5 mil pessoas pelo período de um mês.
Continua chovendo em vários municípios capixabas e a previsão é que as chuvas permaneçam, pelo menos, até domingo. Ainda assim, a Defesa Civil Estadual mantém o alerta em função do solo encharcado que pode provocar novos deslizamentos e alagamentos em vários municípios.
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