2629 visitas - Fonte: Tijolaço
O anúncio de que a Presidenta Dilma Rousseff assinou hoje o decreto que fixa o salário mínimo em R$ 724, faz com que o ciclo de aumentos reais do salário mínimo – já descontada, portanto, a inflação – chegue a 72,4%.
Ainda é pouco, certamente, diante dos R$ 2.800, em números redondos, que o Dieese calcula ser o mínimo necessário para o sustento de uma família de quatro pessoas.
Mais é muito, muito mais, do que trabalhadores humildes e a grande massa de aposentados recebeu, ao longo das últimas décadas
Como eu disse que é pouco, é bom comparar com o salário mínimo necessário, segundo a estimativa do Dieese.
Em janeiro de 2003, na posse de Lula, o salário necessário seria de R$ 1.385,91 ou 6,93 vezes o salário mínimo efetivamente pago.
Em janeiro de 2013, aceitando a mesma inflação (exagerada) de 0,8% em dezembro, o mínimo do Dieese seria de 2783,68, ou 3,84 vezes maior que o efetivamente pago.
Poderíamos ter avançado mais?
Certamente, se não fosse a ditadura do mercado financeiro e suas imposições tirânicas de que tenhamos de aceitar todos os ditames, em matéria de política fiscal e monetária que ele nos impõe.
O salário mínimo poderia hoje, estar na casa de R$ 1 mil, não fosse a necessidade de fazermos superávit fiscal e de dispender dinheiro público com juros indiscutivelmente acima da realidade.
Mesmo assim, tudo isso estará em jogo em outubro.
Eduardo Campos já contestou a política de correção real do salário mínimo automática. Aécio Neves, pelos antecedentes do PSDB, nem precisa falar.
Desta vez, a regra de reajuste de inflação mais variação do PIB de dois anos antes foi amarga para os trabalhadores, porque o crescimento em 2012 foi de 1%, apenas. Assim como, em janeiro de 2012, incorporou o PIB de 7,5% de 2010.
É uma regra, e não um simples casuísmo.
A luta é por melhorá-la, não para derruba-la.
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