A misteriosa morte do braço financeiro de Kassab no auge do escândalo da máfia dos fiscais

Portal Plantão Brasil
22/12/2013 08:41

A misteriosa morte do braço financeiro de Kassab no auge do escândalo da máfia dos fiscais

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2777 visitas - Fonte: Diário do Centro do Mu

Jordão (à esquerda)



Rubens Jordão morreu no último dia 22 de novembro, aos 58 anos. Cometeu suicídio. Você, provavelmente, não soube disso e, talvez, não tenha ideia de quem se trata. Mas a notícia é importante porque Jordão era uma figura política importante — nos bastidores.



Jordão era presidente em exercício do Diretório do PSD em São Paulo e um dos principais articuladores do chamado Espaço Democrático, a fundação que o partido criou para “estudos” e “formação política”.



Era mais do que isso: o coordenador financeiro de Gilberto Kassab. Sua morte ocorreu no auge do escândalo da fraude dos fiscais do ISS. Naquele dia 22, por exemplo, os jornais noticiaram que uma testemunha ouvida pelo Ministério Público havia dito que um delegado vendia informações para a quadrilha. Três dias antes, a prefeitura afastara o subprefeito interino de Pinheiros, Antonino Grasso, ex-secretário de Kassab.



Jordão era engenheiro e empresário. Numa nota publicada no site da legenda, Kassab declarou: “Perdemos um grande amigo e um colaborador inestimável”.



Fez parte do grupo de ex-colegas da Poli que acompanhou a carreira do ex-prefeito de São Paulo. A turma de 12 amigos se encontrava semanalmente para tomar um chope no centro da cidade. Leal, tinha um perfil mais baixo. Mas, de acordo com fontes do PSD, era o homem com quem os aliados do prefeito tratavam quando precisavam de recursos.



Foi secretário adjunto de Esportes do estado no primeiro mandato de Geraldo Alckmin. Em 2008, trabalhou como um dos principais organizadores da campanha vitoriosa de Kassab para a prefeitura. Pela competência, Kassab o nomeou presidente do comitê financeiro de José Serra em 2012.



O falecimento de Jordão, no momento mais agudo do tiroteio em torno de um esquema que teria custado aos cofres públicos 500 milhões de reais, foi tratado de maneira discreta e silenciosa — como ele. Na página do PSD, Guilherme Afif Domingos deixou o seguinte recado: “Ele tinha papel essencial nos trabalhos desenvolvidos pelo Espaço Democrático, sempre com muito entusiasmo e dedicação, e vai fazer muita falta”.



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