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O governo da presidente Dilma Rousseff decidiu comprar os caças da sueca Saab, de acordo com reportagem no site do jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira, sem citar fontes.
Dilma afirmou mais cedo que será anunciada às 17h desta quarta a decisão do governo brasileiro sobre a compra dos caças, uma concorrência que já foi adiada diversas vezes.
Os finalistas na disputa são --além do Gripen NG, da Saab-- o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e o Rafale, da francesa Dassault.
Uma fonte a par do assunto disse à Reuters que a Saab ainda não recebeu qualquer palavra do governo brasileiro sobre o contrato, mas que executivos da empresa se reunirão com autoridades locais em Brasília no fim desta tarde.
Leia abaixo reportagem anterior da Reuters:
BRASÍLIA, 18 Dez (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou que será anunciada nesta quarta-feira a decisão do governo sobre a compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB).
O programa, conhecido como FX-2, foi iniciado em maio de 2008 e tem o objetivo de adquirir inicialmente 36 novos caças para a FAB, que substituirão a atual frota, que está obsoleta.
"Instruí o ministro da Defesa, Celso Amorim, a anunciar hoje a decisão quanto à compra do FX, e quanto à parceria que nós iremos fazer para o FX-2", disse Dilma em discurso durante confraternização de fim de ano com as Forças Armadas.
O anúncio será feito na tarde desta quarta no Ministério da Defesa, em Brasília.
Os caças Rafale, da francesa Dassault; F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing; e Gripen NG, da sueca Saab, são os três finalistas que estão na disputa.
O momento do anúncio parece favorecer uma escolha pelo Rafale, que já foi visto como favorito até perder terreno para o F-18. As recentes denúncias de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA a empresas e cidadãos brasileiros e até mesmo às comunicações pessoais de Dilma, no entanto, colocaram em xeque as chances da fabricante norte-americana.
Além disso, na semana passada o presidente francês, François Hollande, visitou o Brasil e se reuniu com Dilma em Brasília e em São Paulo.
Durante seu discurso no almoço com os chefes militares, Dilma disse que acontecimentos recentes mostraram que as riquezas brasileiras podem suscitar comportamentos intrusivos à soberania nacional, numa aparente menção velada ao episódio de espionagem dos EUA.
Desde o início do FX-2, em maio de 2008, as autoridades brasileiras têm insistido que a transferência de tecnologia seria um dos principais fatores a serem considerados na escolha.
Ao anunciar em seu discurso que a decisão seria divulgada nesta quarta, Dilma acrescentou que também seriam divulgadas "parcerias" a serem feitas no programa FX-2.
Empresa brasileira com presença nos mercados de defesa aérea domésticos e externos, a Embraer pode ser uma das beneficiárias dessas parcerias.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)
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