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São Paulo segue como a principal economia do país, mas a participação da cidade no PIB (Produto Interno Bruto) nacional caiu em 2011, pelo segundo ano seguido, para 11,5%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2010, São Paulo já tinha reduzido sua fatia no PIB brasileiro para 11,8%, ante os 12% verificados em 2009.
Segundo o IBGE, a capital paulista foi a que mais perdeu participação percentual em 2011 entre os municípios com as maiores economias do país. A perda de 0,3 ponto percentual foi a maior entre os 24 municípios que geram individualmente pelo menos 0,5% do PIB nacional.
De acordo com a pesquisa, os segmentos "comércio e serviços de manutenção e reparação e os serviços de intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados foram os principais responsáveis pela perda de participação (de São Paulo)".
A segunda maior perda (-0,1 ponto percentual) foi de Betim (MG), cuja principal atividade em 2011 era a indústria de transformação. "Os segmentos produção de autopeças e refino de petróleo foram os principais responsáveis pela queda de participação (de Betim)", diz o IBGE.
Campos e Guarulhos são destaques
Excluindo-se as capitais, 11 municípios brasileiros tiveram destaque por gerar, individualmente, mais de 0,5% do PIB, agregando 8,7% da renda do país: Guarulhos (SP), com 1%; Campinas (SP), 1%; Osasco (SP), 0,9%; Campos dos Goytacazes (RJ), 0,9%; São Bernardo do Campo (SP), 0,9%; Barueri (SP), 0,8%; Santos (SP), 0,8%; Betim (MG), 0,7%; Duque de Caxias (RJ) e São José dos Campos (SP), 0,6% cada; e Jundiaí (SP), 0,5%.
Os maiores saltos em 2011 entre as economias mais relevantes ocorreram em Campos dos Goytacazes (RJ) e Guarulhos (SP), segundo o IBGE. O primeiro teve a maior diferença absoluta (0,2 ponto percentual), devido principalmente aos altos preços do petróleo. O segundo apresentou ganho de participação (0,1 ponto percentual) em função da indústria de transformação e do comércio e serviços de manutenção e reparação.
Considerando os 5.565 municípios do país, o maior ganho de posição foi obtido por Belágua (MA), que saltou da 4.991ª posição para a 3.849ª, favorecida pelo aumento na produção do cultivo de mandioca. Também no Maranhão, o município de Godofredo Viana pulou da 4.217ª posição para a 3.089ª, impulsionado pelo incremento na extração de ouro.
Entre as principais perdas de participação, Monções (SP) caiu da 1.448ª para a 3.377ª, devido à queda na atividade de comércio e serviços de manutenção e reparação. Em seguida, aparece Garruchos (RS), onde ocorreu redução significativa do valor exportado de energia elétrica, resultando em queda da 1.501ª para a 2.695ª posição.
PIB de São Paulo é mais que o dobro do Rio
Em termos de valores correntes adicionados à economia, o PIB de São Paulo (R$ 477 bilhões) ainda corresponde a mais que o dobro do segundo colocado, o município do Rio de Janeiro (R$ 209 bilhões). Na sequência, estão Brasília (R$ 164 bilhões), Curitiba (R$ 58 bilhões), Belo Horizonte (R$ 54 bilhões) e Manaus (R$ 51 bilhões). Essas seis cidades responderam em 2011 por 24,5% do PIB brasileiro, aponta o IBGE.
Na outra ponta está Palmas, com uma fatia correspondente a 0,1% do PIB nacional (R$ 3,7 bilhões).
Na análise do PIB per capita (por habitante), entretanto, São Paulo aparece em 3º lugar (R$ 42.152), atrás de Vitória (R$ 85.794) e Brasília (63.020).
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