2066 visitas - Fonte: Tijolaço
A foto aí de cima é do veículo lunar Yutu, ou Coelho de Jade, que é um dos dois conduzidos pela nave não-tripulada Chang’e 3, que pousou na Lua neste final de semana.
Foi a primeira nave a pousar em solo lunar desde 1976.
E a primeira não-americana e não-soviética.
Inevitável lembrar do que foi para mim, nos anos 60, um garoto, ver as imagens de um borrado preto e branco do homem chegando à Lua.
Quarenta e quatro anos atrás, tudo o que se sabia da China é que o país ainda lutava para poder ter grãos que alimentassem a sua população.
Hoje, o gigante chinês projeta sua imensa figura sobre o mundo.
Não se vai discutir aqui acertos, erros e até os crimes cometidos no processo de transformação daquele distante e misterioso país.
Independente do que se diga ou do que se pense, o pais ergueu-se e seu povo está não há quatro décadas, mas a anos luz de ser o bilhão de miseráveis que era então.
Ergueu-se – e só por isso ergueu-se – por suas próprias pernas.
Porque o Brasil não se erguerá?
Porque meu filho mais novo, um garoto como eu era naquele 1969, não verá o que eu vi, agora não do outro lado do mundo, mas aqui?
Se quiserem ter algum fatalismo, que seja a visão fatalista de entender que países com a dimensão – geográfica e humana – da China e do Brasil – estão fadados a assumir sua natureza de gigantes um dia.
Só uma coisa pode nos impedir de sê-lo.
A alma de anões.
Perdoe o poeta se inverto seus versos, mas se a alma se apequena, então nada vale a pena.
A China está na Lua porque sonhou e lutou por seus sonhos, para acordar cada dia maior.
Que não nos façamos pequenos e sem sonhos.
Quem fica assim não voa, apenas rasteja.
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