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Ex-agente da NSA (Agência de Segurança Nacional), dos EUA, promete em carta auxiliar a apuração de violações do sistema de espionagem do governo de Barack Obama no país: "A NSA e outras agências de espionagem nos dizem que, pelo bem de nossa própria "segurança" – em nome da "segurança" de Dilma, em nome da "segurança" da Petrobras –, revogaram nosso direito de privacidade e invadiram nossas vidas. E o fizeram sem pedir a permissão da população de qualquer país, nem mesmo do [país] delas. Quando nos unirmos em defesa da privacidade e dos direitos humanos básicos, poderemos nos defender até dos mais poderosos dos sistemas"
247 – O ex-agente Edward Snowden, delator dos abusos do sistema de espionagem da NSA (Agência de Segurança Nacional), dos EUA, pediu asilo ao Brasil em carta. Em troca, promete ajudar o país a auxiliar nas investigações sobre a invasão de privacidade por parte do governo de Barack Obama.
Atualmente, ele está exilado na Rússia. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, rejeitou nesta segunda-feira a insinuação de que os Estados Unidos poderiam conceder anistia a Snowden se ele entregasse os documentos que ainda estão em seu poder. "O senhor Snowden foi acusado de vazar informações secretas e ele enfrenta nos Estados Unidos acusações criminais. Ele deveria retornar aos Estados Unidos o mais depressa possível, onde ele terá seus direitos legais respeitados em nosso sistema."
Nos EUA, o sistema Big Brother de Obama foi considerado ontem ilegal pelo juiz distrital federal Richard Leon. Ele ordenou a suspensão do recolhimento de dados de dois clientes de companhias telefônicas que processaram o governo norte-americano.
"Não posso imaginar uma 'invasão mais arbitrária' e 'indiscriminada' do que essa coleta sistemática e de alta tecnologia e retenção de dados pessoais de virtualmente cada um dos cidadãos", escreveu Leon, citando precedentes anteriores na Justiça.
Leia um trecho da "Carta Aberta ao Povo do Brasil", de Edward Snowden:
"Seis meses atrás, emergi das sombras da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA para me posicionar diante da câmera de um jornalista. Compartilhei com o mundo provas de que alguns governos estão montando um sistema de vigilância mundial para rastrear secretamente como vivemos, com quem conversamos e o que dizemos.
Fui para diante daquela câmera de olhos abertos, com a consciência de que a decisão custaria minha família e meu lar e colocaria minha vida em risco. O que me motivava era a ideia de que os cidadãos do mundo merecem entender o sistema dentro do qual vivem.
Meu maior medo era que ninguém desse ouvidos ao meu aviso. Nunca antes fiquei tão feliz por ter estado tão equivocado. A reação em certos países vem sendo especialmente inspiradora para mim, e o Brasil é um deles, sem dúvida.
Na NSA, testemunhei com preocupação crescente a vigilância de populações inteiras sem que houvesse qualquer suspeita de ato criminoso, e essa vigilância ameaça tornar-se o maior desafio aos direitos humanos de nossos tempos.
A NSA e outras agências de espionagem nos dizem que, pelo bem de nossa própria "segurança" --em nome da "segurança" de Dilma, em nome da "segurança" da Petrobras--, revogaram nosso direito de privacidade e invadiram nossas vidas. E o fizeram sem pedir a permissão da população de qualquer país, nem mesmo do [país] delas.”
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