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No blog Outro Canal, da Folha, a principal notícia de hoje sobre a mídia.
“Record, SBT, Band e RedeTV! assinaram, na tarde desta segunda-feira (16), o contrato definitivo para a entrada do GfK no Brasil. O instituto de pesquisa alemão vai medir audiência de TV paga e aberta no país, tornando-se concorrente do Ibope.”, informa a jornalista Keila Jimenez, editora do blog.
Concorrente não do Ibope, mas da Globo, sócia de negócios do Instituto desde sempre.
Brizola – que, ao contrário do que muitos pensam não era adversário de pesquisas, grande amigo de Paulo Montenegro, fundador do Ibope – chamava de “contubérnio” a relação entre a Globo e o instituto de pesquisas.
Isso, no dicionário, tem, entre outros, o significado de mancebia, concubinato.
Se fosse em biologia, o melhor seria chamar de simbiose: um organismo vive com as vantagens que o outro lhe proporciona.
Deu Ibope e não deu Ibope é a maneira popular de dizer se algo agrada ou não.
Mas o que o “ibope” das emissoras dá, mesmo, é dinheiro, na hora de vender publicidade.
Agora, o grupo alemão entra nesse nicho de pesquisa, onde as outras empresas não se aventuram.
Se com o monopólio do Ibope a Globo já tinha dificuldades em sustentar a audiência declarada da emissora, possivelmente sem essa exclusividade da coisa vai ficar pior.
Em Portugal, a discrepância dos números da GfK e os da Marktest, que apura audiência de TV estão gerando polêmica entre as emissoras.
Não é à toa que as outras emissoras se uniram para pagar os US$ 100 milhões cobrados pela GfK por cinco anos de contrato.
A verba publicitária que está em jogo é muito maior.
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