1441 visitas - Fonte: O Cafezinho
A Folha de São Paulo aparece hoje com mais um escândalo. É o trensalão? O escândalo dos fiscais de Serra/Kassab? Não, a bola da vez é o… mensalão!
A matéria principal da página A6, a mais nobre do jornal (é a primeira página da seção Poder), traz um título curioso, uma autêntica “não-notícia”:
Justiça “ainda não começou”…
Grande notícia!
Sobre o trensalão, nenhuma investigação, nada. O negócio é manter a opinião pública ligada no “mensalão” até o fim dos tempos.
Acontece que a novela do mensalão começa a virar uma interessante curva do rio. A matéria, quando menciona os “recursos” desviados pelo BB e pela Câmara dos Deputados, não menciona os inúmeros documentos, do próprio BB e da Câmara, provando que os recursos não foram desviados. No caso do BB, não eram sequer recursos do BB, e sim da Visanet, empresa multinacional 100% privada, que disponibilizava recursos para bancos privados e públicos para que estes fizessem campanhas dos cartões com bandeira Visa.
A Folha, assim como nenhum dos grandes jornais, não tem o mínimo interesse em divulgar os documentos que provam a natureza privada dos recursos da Visanet, e que os recursos foram devidamente usados em campanhas publicitárias.
Antigamente, cultivava-se uma certa ilusão de que jornais buscavam a “verdade”. Lembro-me até de uma simpática frase de Hegel, que afirmava sempre ler jornais pela manhã, porque eles constituíam o “café-da-manhã de realidade”.
Sim, Hegel estava certo, mas num outro sentido. Os jornais nos lembram de que a realidade é uma luta pelo poder. E os jornais brasileiros não estão interessados em verdade, mas em poder.
Publico abaixo, auditoria feita pelo próprio Banco do Brasil, em 2005. Por que a Folha não divulga esses documentos? Em seguida, destaco alguns trechos da auditoria:
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