8/12/2025 09:51

PF acha rastro de FACÇÃO CRIMINOSA em aviões ligados ao presidente do União Brasil

4222 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O União Brasil, partido que abriga figuras alinhadas ao bolsonarismo, vive um intenso desgaste em 2025, com uma enxurrada de investigações da Polícia Federal (PF) atingindo tanto seus líderes quanto aliados próximos. O caso mais recente e explosivo é a prisão do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, acusado de vazar informações sobre uma operação policial contra o também deputado estadual TH Joias (MDB). Bacellar, que preside o diretório estadual do União Brasil no Rio, representa um enorme problema para a sigla, sendo alvo de Rueda, presidente nacional do partido, que chegou a pedir ao TSE para atuar na defesa de Bacellar no julgamento que pode cassá-lo por abuso de poder econômico no caso Ceperj.

As complicações do União Brasil não param na esfera estadual. O presidente nacional, Antonio Rueda, e influentes deputados como Elmar Nascimento (BA) e Pedro Lucas Fernandes (MA), ex e atual líderes do partido na Câmara, estão sob o escrutínio da PF por diferentes motivos. Rueda, que se alinha a Bacellar e busca uma cadeira federal em 2026, foi citado em operações de fraude e sonegação no setor de combustíveis ("Carbono Oculto" e "Poço de Lobato") e até mesmo em uma investigação de tráfico de drogas, onde um piloto alegou à PF que Rueda seria o real proprietário de aviões usados por uma facção criminosa. Apesar de negar envolvimento, os laços de Rueda com o empresário da refinaria Refit, também investigada por irregularidades, apenas aprofundam a crise de imagem do partido.

Outro escândalo de grandes proporções que atinge o partido é o colapso do Banco Master, liquidado pelo Banco Central por suspeita de gestão fraudulenta, que levou à prisão do proprietário Daniel Vorcaro na Operação "Compliance Zero". O União Brasil e seus aliados estão diretamente ligados ao rombo através de fundos de previdência estaduais. Aliados do partido, como Deivis Antunes no Rioprevidência, autorizaram investimentos de centenas de milhões de reais em papéis do banco liquidado, expondo a previdência de trabalhadores do Rio de Janeiro.

O problema se repete em outros estados onde o União Brasil tem influência. Institutos de previdência no Amapá e Amazonas, comandados por Jocildo Lemos e Ary Renato Vasconcelos, ambos ligados ao partido, também realizaram investimentos massivos nos papéis podres do Banco Master e agora estão sendo investigados por má gestão e possíveis fraudes.

Além dos escândalos financeiros e das prisões de aliados, a PF mira desvios de emendas parlamentares operados por figuras centrais do União Brasil. O deputado Elmar Nascimento (BA) é alvo de uma apuração sobre o desvio de recursos em Campo Formoso, sua base eleitoral. Seu sucessor na liderança, Pedro Lucas Fernandes (MA), é investigado pelo destino das emendas que destinou à prefeitura de Arari.

O rastro de corrupção se estende por Alagoas e Sergipe. Em Alagoas, Luciano Cavalcante, presidente do diretório estadual do União Brasil, foi investigado por irregularidades na compra de kits de robótica com verba do orçamento secreto. Já em Sergipe, o ex-deputado André Moura firmou um acordo de não persecução penal com o Supremo Tribunal Federal (STF) após ser acusado de desvio de recursos públicos na prefeitura de Pirambu. Diante do crescente desgaste e das investigações, e após divergências com o governo, a cúpula do União Brasil tentou demarcar posição ordenando que seus filiados deixassem os cargos no governo Lula, em uma clara manobra para se blindar ou reagir politicamente ao cerco da Justiça.

Com informações do DCM

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