PF prende o presidente da Alerj por vazamento de dados em megaoperação

Portal Plantão Brasil
3/12/2025 12:54

PF prende o presidente da Alerj por vazamento de dados em megaoperação

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Em uma operação de impacto que sacode o cenário político do Rio de Janeiro, a Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quarta-feira (3) Rodrigo Bacellar, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), durante a Operação Unha e Carne. A ação tem como foco o suposto vazamento de dados sigilosos que teria obstruído investigações anteriores sobre a atuação de uma sofisticada rede criminosa no estado. A prisão preventiva, juntamente com oito mandados de busca e apreensão, foi expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), indicando a gravidade dos crimes e o envolvimento de uma autoridade com foro privilegiado.

A PF sustenta, conforme apurado pelo G1, que a atuação de agentes públicos no vazamento de informações sigilosas culminou com a obstrução direta da Operação Zargun. Essa ofensiva original mirava um esquema de corrupção que envolvia a liderança do Comando Vermelho (CV) no Complexo do Alemão e a infiltração de agentes políticos e públicos no aparato estatal. As autoridades já haviam identificado que a organização criminosa utilizava a administração pública para garantir impunidade e acesso a informações privilegiadas.

O elo entre política e tráfico havia sido exposto com a prisão de Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, detido em setembro por tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro, sob acusação de negociar armas para o Comando Vermelho. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) aponta que TH Joias usou seu mandato para favorecer o grupo criminoso, chegando a nomear aliados para cargos na Alerj, evidenciando o grau de infiltração da facção no legislativo fluminense.

A Operação Zargun, cujo vazamento de informações é o foco da nova prisão, previa a captura de 18 suspeitos e o sequestro de R$ 40 milhões em bens, ilustrando a dimensão financeira da rede. A organização criminosa é descrita pela PF como extremamente sofisticada, capaz de importar armas do Paraguai e equipamentos antidrone da China, revendidos até para facções rivais. Os investigados podem responder por crimes como organização criminosa, tráfico internacional de armas e drogas, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Além da Zargun, a Operação Bandeirante, do MPRJ, já havia denunciado TH Joias e mais quatro pessoas por associação para o tráfico e comércio ilegal de armas, apontando vínculos estáveis com o Comando Vermelho em diversos complexos de favelas. A atuação do grupo incluía a intermediação de drogas, armas, equipamentos e a movimentação de grandes quantias em espécie para financiar a facção, confirmando o poder econômico e logístico do crime organizado.

A prisão do presidente da Alerj integra a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Rio (Ficco/RJ) e aprofunda o cerco implacável às conexões imundas entre agentes públicos e o crime organizado no Rio de Janeiro. A ação desta quarta-feira representa um passo decisivo do STF e da PF para desmantelar a República do Crime que se instalou no coração do poder fluminense.

Com informações do Brasil 247

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