1443 visitas - Fonte: PlantãoBrasil
O presidente do PT, Edinho Silva, promoveu uma crítica contundente ao modelo de segurança pública vigente durante um seminário do partido, utilizando como exemplo trágico a megaoperação policial no Rio de Janeiro em outubro, que resultou em mais de 120 mortos. Em tom firme e emotivo, Edinho afirmou que o Estado brasileiro falhou ao não construir políticas públicas capazes de disputar com o crime organizado os jovens excluídos das periferias, optando por uma resposta violenta e letal. "Nós queremos uma política de segurança pública, mas não podemos bater palmas para mais de 120 corpos estirados no chão", declarou o petista, enfatizando a dimensão da tragédia e a necessidade de uma mudança radical de paradigma.
Edinho Silva não poupou palavras ao descrever o episódio como um sinal de falência governamental e negligência histórica com os territórios populares, onde o Estado frequentemente se faz presente apenas através da força policial. "Nós deveríamos ter vergonha com o que aconteceu, corpos de jovens negros expostos com sinal de falência governamental, da não existência de políticas públicas nos territórios", afirmou, rejeitando o que chamou de "senso comum hegemonizado pelo discurso de uma elite hipócrita" que celebra ações violentas. Sua fala posiciona o PT em oposição clara a propostas autoritárias e ao populismo penal, defendendo que a verdadeira segurança passa por inclusão social, direitos humanos e investimento em oportunidades.
Reafirmando o papel histórico do partido, Edinho declarou que o PT existe justamente para enfrentar opiniões públicas midiáticas e defender o que é correto, mesmo quando difícil. "Eu sei que enfrentar a opinião pública não é fácil, mas é para isso que o PT existe, para defender o que é correto, estar do lado certo da história", concluiu, sinalizando que a legenda não recuará na defesa de uma política de segurança que priorize a vida e a dignidade da população mais vulnerável, em contraste direto com as abordagens repressivas e falhas adotadas por governos de direita.
Nós queremos uma política de segurança pública mas não podemos bater palmas para mais de 120 corpos estirados no chão. Isso mostra que o Estado falhou, que o Estado não teve políticas públicas para disputar com o crime organizado adolescentes que foram excluídos de qualquer…
— Edinho Silva (@edinhosilva) December 1, 2025