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O advogado Luiz Carlos da Rocha, conhecido como "Rochinha", jogou luz sobre a gritante seletividade do sistema judicial brasileiro ao comparar as condições de prisão do presidente Lula durante seus 580 dias em Curitiba, sob comando de Sergio Moro, com o tratamento recebido por Jair Bolsonaro na carceragem da Polícia Federal em Brasília. A denúncia de "Rochinha" revela um abismo entre o rigor imposto pela Lava Jato e os aparentes privilégios concedidos ao ex-presidente condenado por tentativa de golpe de Estado.
Durante o período em que esteve preso na capital paranaense, Lula foi alvo de uma série de proibições estritas e arbitrárias impostas por Moro. O regime de isolamento e as restrições de visitas e acesso a informações foram criticados à época por líderes políticos e advogados, que denunciavam um tratamento de exceção. A cela e a rotina de Lula eram controladas minuciosamente, refletindo a intenção de manter o líder do PT isolado e com sua imagem deteriorada perante a opinião pública.
Em forte contraste, as detenções de figuras do alto escalão do bolsonarismo na PF de Brasília, incluindo a de Bolsonaro, têm sido marcadas por condições que, para a maioria dos brasileiros, seriam consideradas privilégios. As carceragens de luxo e a rotina flexível — como a possibilidade de ter acesso a itens não permitidos e a ausência de superlotação — configuram um cenário muito distinto daquele enfrentado por Lula e por cidadãos comuns. O contraste evidencia que, mesmo condenado definitivamente por crime contra o Estado, o ex-presidente mantém um status de exceção.
A comparação feita pelo advogado serve como uma denúncia contundente de que a justiça não foi aplicada de forma igualitária. Enquanto um ex-presidente (Lula) foi submetido a um regime de privações extremas em um processo que culminou em anulação de condenações, o outro (Bolsonaro), condenado por golpismo, desfruta de condições significativamente mais favoráveis. O depoimento de "Rochinha" é mais um elemento que expõe a hipocrisia e a seletividade judicial, mostrando que o tratamento penal no Brasil é, infelizmente, determinado pelo poder político e ideológico do réu.
Assista:
O advogado Luiz Carlos da Rocha, o "Rochinha", revelou uma série de proibições impostas a Lula por Sergio Moro nos 580 dias em que ele ficou preso na PF de Curitiba, e comparou as condições da cela do presidente às de Jair Bolsonaro, preso na PF em Brasília.
— Revista Fórum (@revistaforum) November 27, 2025
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