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A Polícia Federal (PF) deflagrou uma megaoperação de combate à fraude fiscal bilionária no setor de combustíveis e atingiu um nome central da máquina política do governo Jair Bolsonaro. Jonathas Assunção, ex-secretário-executivo da Casa Civil — principal cargo técnico do ministério comandado pelo infame Ciro Nogueira — é um dos alvos da investigação que apura um rombo fiscal estimado em bilhões de reais, demonstrando a continuidade da podridão deixada pela gestão anterior.
Assunção é atualmente executivo da Refit, uma das principais refinarias que está na mira da investigação. A PF cumpriu um mandado de busca e apreensão de documentos contra ele, buscando desvendar seu papel no esquema de fraude. As ligações de Assunção com a velha política são profundas e já renderam privilégios: na época em que era o número 2 da Casa Civil, sua esposa foi agraciada por Ciro Nogueira com um cargo de R$ 13 mil no Ministério de Minas e Energia, ilustrando a troca de favores que marcou a administração bolsonarista.
As conexões do executivo não se limitam apenas à Casa Civil. Assunção também foi chefe de gabinete de Braga Netto, general condenado e preso pela trama golpista que tentou destruir nossa democracia. Sua proximidade com o círculo mais íntimo do golpismo é tamanha que ele chegou a ser uma das testemunhas arroladas pelo próprio Bolsonaro no processo que investigou a tentativa de golpe de Estado.
Além do envolvimento com a cúpula golpista, o histórico de Assunção é marcado por manobras no setor público. Em 2022, ele conseguiu ser eleito para o Conselho de Administração da Petrobras, mesmo após seu nome ter sido inicialmente recusado, um sinal claro da força política que operava nos bastidores da estatal.
No Congresso, o investigado era conhecido como o "gerente" do famigerado orçamento secreto, o esquema de distribuição não transparente de verbas públicas que serviu para comprar apoio parlamentar e manter a base de Bolsonaro coesa. O fato de uma figura com essa ficha corrida ser agora alvo de uma investigação por fraude fiscal em uma grande refinaria sugere que os tentáculos da corrupção e do descaso com o dinheiro público seguiam uma rota bem definida dentro do antigo governo.
A megaoperação da PF é um passo crucial para desmantelar os esquemas de enriquecimento ilícito e fraude fiscal que drenam os cofres públicos e, mais uma vez, apontam para a rede de ligações políticas e empresariais da extrema-direita que se aproveitou do poder para benefício próprio, em total desrespeito ao povo brasileiro.
Veja as declarações do Ministro Haddad sobre a operação:
Grupo Refit, alvo de megaoperação nesta quinta (27) contra sonegação, movimentou R$ 70 bilhões em um ano, diz Haddad. #ConexãoGloboNews
— GloboNews (@GloboNews) November 27, 2025
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