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Nesta quinta-feira (27), uma megaoperação da Polícia Federal mirou 190 alvos ligados ao Grupo Fit, antigo Refit, e a dezenas de empresas do setor de combustíveis. A operação Poço de Lobato mobiliza mais de 600 agentes em seis estados e aponta o grupo como o maior devedor contumaz do país, causando um prejuízo estimado em R$ 26 bilhões aos cofres públicos estaduais e federal.
O grupo, comandado pelo empresário Ricardo Magro, é considerado o maior devedor de ICMS de São Paulo, o segundo maior do Rio de Janeiro e um dos maiores da União. As investigações revelam que o esquema atuava há anos com a prática de "do porto ao posto sem pagar imposto".
Para fraudar o fisco, os investigados combinavam fraude aduaneira, sonegação de ICMS, ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro. Eles utilizavam uma complexa rede de holdings, offshores, fintechs, meios de pagamento e fundos de investimento. Entre 2020 e 2025, mais de R$ 32 bilhões em combustíveis foram importados com declarações adulteradas para reduzir tributos.
As autoridades bloquearam judicialmente R$ 10,2 bilhões em bens, contas bancárias, imóveis e veículos dos investigados. O grupo movimentou mais de R$ 70 bilhões em um único ano, utilizando até uma petroleira no exterior para blindar lucros e simular operações interestaduais.
Em entrevista anterior, Ricardo Magro negou a sonegação, alegando "discordância sobre a forma de pagamento" e questionando a Petrobras. No entanto, as investigações mostram que a organização criminosa criava empresas sobrepostas que trocavam de função quando uma fraude era descoberta, dificultando a cobrança de impostos e as investigações.
A operação Poço de Lobato homenageia o primeiro poço de petróleo do Brasil, perfurado em 1939 no bairro de Lobato, em Salvador, época em que Monteiro Lobato era um grande entusiasta da exploração nacional.
Veja publicação do governo no X:
OPERAÇÃO COMBATE SONEGAÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO | Uma operação foi deflagrada pela @ReceitaFederal e órgãos parceiros nesta quinta-feira (27/11) para combater sonegação de impostos e lavagem de dinheiro de um grupo do setor de combustíveis que deve R$ 26 bilhões ao país. pic.twitter.com/TiGCJUeC0r
— CanalGov (@canalgov) November 27, 2025
Grupo Refit, alvo de megaoperação nesta quinta (27) contra sonegação, movimentou R$ 70 bilhões em um ano, diz Haddad. #ConexãoGloboNews
— GloboNews (@GloboNews) November 27, 2025
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