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Em um movimento estratégico diante das políticas agressivas do governo Donald Trump, os líderes do Brasil, Índia e África do Sul anunciaram o fortalecimento de sua aliança trilateral durante encontro em Joanesburgo, à margem da cúpula do G20. A reaproximação, destacada pela Bloomberg, funciona como uma resposta coordenada às sucessivas ofensivas comerciais e diplomáticas norte-americanas contra economias emergentes. O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa abriu a reunião afirmando que "nosso agrupamento reafirma que a diversidade não é uma linha de fratura, mas uma fonte de força", defendendo a construção de um sistema internacional mais representativo diante do unilateralismo trumpista.
A articulação entre os três países ganha contornos de necessidade geopolítica frente às medidas hostis de Washington, que incluem tarifas de 50% contra a Índia, alegações falsas sobre a África do Sul e pressões comerciais contra o Brasil relacionadas ao processo judicial de Jair Bolsonaro. Segundo analistas, a iniciativa representa um recado claro sobre a capacidade de organização alternativa do Sul Global.
O conselheiro internacional de Lula, Celso Amorim, ressaltou a "afinidade natural entre os três países", enquanto a chancelaria sul-africana explicou que o formato trilateral permite construir consensos com mais agilidade. A reunião, a primeira desde 2011, simboliza o reposicionamento estratégico das principais economias emergentes em um cenário internacional marcado por tensões comerciais e pela defensiva contra políticas unilaterais dos Estados Unidos.
Com informações da Bloomberg
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