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A aprovação pela Câmara dos Deputados de um PL Antifacção originalmente elaborado pelo governo Lula, mas completamente deturpado pelo bolsonarismo dentro da Casa, não intimidou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após dias de provocações do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), articulado com figuras conhecidas do campo extremista, Lula foi às redes nesta quarta-feira (19) para reagir com firmeza ao que considera um ataque direto às políticas de segurança pública do governo.
Lula afirmou que o texto aprovado enfraquece o combate às facções criminosas ao desmontar pontos cruciais da proposta original. Segundo o presidente, as mudanças feitas pelo bloco bolsonarista deixam brechas jurídicas e servem mais para proteger quem quer fugir da responsabilização do que para fortalecer o enfrentamento ao crime organizado.
O presidente também cobrou responsabilidade do Senado Federal, deixando claro que espera maturidade e serenidade na revisão do projeto, já que a Câmara, sob a condução de Motta e aliados como Guilherme Derrite (PP-SP) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), preferiu um caminho marcado por radicalismos e improvisação. Para Lula, é no Senado que o país pode evitar que “arroubos de insensatez” se transformem em lei.
Lula reforçou que não aceitará medidas que enfraqueçam o trabalho da Polícia Federal, lembrando que Derrite, relator bolsonarista do texto, desfigurou o PL de modo considerado danoso por especialistas de diferentes correntes ideológicas. Para todos esses analistas, as mudanças abrem margem para blindar organizações criminosas ao invés de combatê-las.
Também afirmou que o governo seguirá empenhado em fortalecer a PF, aprimorar a integração entre forças de segurança e ampliar o uso de inteligência contra facções, não só nos territórios dominados por elas, mas principalmente contra suas estruturas financeiras e seus comandos — algo que o Legislativo atual, dominado por interesses corporativos, tem demonstrado pouca disposição em enfrentar.
Ao finalizar seu posicionamento, Lula mandou um recado direto ao Congresso, frequentemente acusado de agir contra o interesse público: seu governo continuará do lado da população e não abrirá mão de implementar políticas sérias e eficientes contra o crime organizado, ao contrário da atual maioria parlamentar, que insiste em agendas impopulares para benefício próprio. “Estamos do lado do povo brasileiro e não abriremos mão de combater de verdade toda a cadeia do crime organizado”, concluiu.
Veja a postagem:
Precisamos de leis firmes e seguras para combater o crime organizado. O projeto aprovado ontem pela Câmara alterou pontos centrais do PL Antifacção que nosso governo apresentou. Do jeito que está, enfraquece o combate ao crime e gera insegurança jurídica. Trocar o certo pelo…
— Lula (@LulaOficial) November 19, 2025