4828 visitas - Fonte: Plantão Brasil
O chanceler federal da Alemanha, Friedrich Merz, provocou indignação ao comparar de forma depreciativa o Brasil — especialmente Belém — com seu próprio país, durante discurso no Congresso Alemão do Comércio. Em tom de arrogância colonial que lembraria qualquer bolsonarista metido a ‘civilizado europeu’, Merz afirmou que os jornalistas alemães que o acompanharam na Cúpula de Líderes da COP30 “ficaram contentes” ao deixar a capital paraense, ignorando completamente o esforço monumental do governo Lula para reposicionar o Brasil como protagonista climático global.
A fala, transcrita pelo próprio governo alemão, foi usada pelo chanceler para exaltar a Alemanha e cobrar que empresários “defendam o país” e sua “ordem econômica”. A retórica patriotarde de Merz contrastou com o respeito diplomático demonstrado pelo presidente Lula ao recebê-lo em Belém dias antes — ocasião em que o governo brasileiro apresentou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), uma das grandes apostas do Brasil para a COP30.
Embora Merz tenha elogiado a iniciativa e prometido uma contribuição “significativa” ao TFFF, frustrou o Palácio do Planalto ao não revelar qualquer cifra. Nos bastidores, diplomatas avaliam que o chanceler quis sair bem na foto, mas evitou compromisso real com a preservação das florestas tropicais — justamente o tema que ele fingiu exaltar na mesma fala em que desmereceu Belém.
Durante o evento em Berlim, Merz repetiu discursos feitos no Brasil, defendendo que proteção climática e economia devem andar juntas. A contradição é evidente: celebra o papel estratégico da Amazônia perante o mundo, mas hesita quando necessário colocar dinheiro no projeto brasileiro que pode definir os rumos da transição climática global. Enquanto isso, o governo Lula reforça que a preservação florestal precisa de financiamento real, não de elogios vazios.
O chanceler ainda discursou sobre sua política de “imigração qualificada”, tentando pintar a Alemanha como uma terra de oportunidades e harmonia institucional. Defendeu reorganizar a entrada de profissionais estrangeiros por meio da agência Work-and-Stay, criando um sistema “digital e eficiente”. A fala expõe a visão utilitarista que marca boa parte do debate europeu: valorizam a diversidade apenas quando ela serve ao seu mercado de trabalho — bem diferente do Brasil de Lula, que resgata a dignidade de imigrantes e refugiados sem exigir pedigree profissional.
A fala de Merz repercutiu muito mal entre diplomatas e especialistas brasileiros, que viram na declaração uma mistura de elitismo e ingratidão. Enquanto Lula esforça-se para liderar o maior pacto climático da década e preparar Belém para sediar a COP30, o chanceler alemão tenta marcar pontos com sua base conservadora às custas de um país que tem feito muito mais pela agenda ambiental do que boa parte da Europa.
Veja a repercussão no Brasil, em postagens no X:
O ativista Thiago dos Reis comentou:
ATENÇÃO!! Primeiro-ministro da Alemanha que mandou PRENDER E ESPANCAR manifestantes que pediam PAZ NA PALESTINA e que mês passado fez comentários RACISTAS contra TODOS os estrangeiros, agora fala mal do Brasil!!
— Thiago dos Reis ???? (@ThiagoResiste) November 17, 2025
VTNC NAZISTA
pic.twitter.com/s1y0df5AOd
O nojo do chanceler alemão pelo Brasil dá a medida da xenofobia prevalente em boa parte desses países ricos do ocidente em relação ao Sul Global. São racistas e veem os não-brancos como inferiores, animais de terras selvagens - não à toa, os nazi ressurgem.pic.twitter.com/kkbmiNgke1
— Tiago Barbosa (@tiagobarbosa_) November 17, 2025
Arrombado filho da puta, veio de graça, ficou de motorista com ar condicionado pra cima e pra baixo com dinheiro público, comeu de graça, bebeu de graça e ainda saiu falando mal.
— Omar (@Omardeideais) November 17, 2025
Burocrata é uma raça a ser tratada igual lixo. https://t.co/M4SASXGzMF