O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mudou novamente de posição e agora afirma apoiar uma votação na Câmara dos Representantes para divulgar arquivos ligados ao bilionário e abusador sexual Jeffrey Epstein. A guinada ocorre poucos dias depois de Trump se manifestar contra a medida, reforçando seu padrão de contradições e tentativas de proteger aliados e a si próprio.
Nas redes, Trump disse que os republicanos “devem votar pela divulgação”, alegando não ter “nada a esconder” e classificando o escândalo como uma “farsa democrata”. Segundo ele, tudo seria apenas uma conspiração para desviar o foco de supostos sucessos de sua gestão — uma retórica já típica do trumpismo sempre que novas revelações ameaçam expor sua proximidade com figuras envolvidas em crimes graves.
— Commentary Donald J. Trump Posts From Truth Social (@TrumpDailyPosts) November 17, 2025
A defesa repentina da transparência coincide com a divulgação de e-mails atribuídos ao espólio de Epstein, que mencionam Trump passando “horas” na casa do criminoso sexual ao lado de uma vítima adolescente e sugerem que ele “sabia das meninas”. O caso reacende o ponto mais tenso do escândalo desde 2019, quando Epstein foi encontrado morto em uma cela em Nova York.
Democratas e parte dos republicanos defendem a liberação integral do material para esclarecer todas as conexões, viagens, listas de convidados e possíveis cúmplices do esquema de abuso e tráfico sexual. A pressão se intensifica com a revelação de mais de 20 mil páginas envolvendo autoridades, empresários e figuras políticas de peso.
Entre as mensagens, um e-mail chamou atenção ao relatar Trump “dando uma mamada em Bubba”, expressão usada por Mark Epstein, irmão do abusador, em 2018. A insinuação viralizou nas redes, com internautas especulando que “Bubba” seria o apelido de Bill Clinton. No mesmo texto, Mark sugere que Steve Bannon teria conhecimento de “fotos comprometedoras” supostamente em posse de Vladimir Putin.
A troca de e-mails ainda ironiza a dupla Trump-Epstein, afirmando que ambos poderiam fazer um “remake” do filme Get Hard, referência ao enredo que satiriza acordos para fugir de consequências penais. A escalada de revelações pressiona Trump e mantém o caso em evidência, enquanto cresce o apelo público por completa transparência.
Com informações do DCM
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