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O Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, voltou ao centro da discussão ao ser cogitado como possível destino de Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos e três meses por comandar a tentativa de golpe em 2022. O local, conhecido por receber figuras marcantes do mensalão e da Lava Jato — como Paulo Maluf, José Dirceu e Luiz Estevão — tem estrutura que inclui uma ala para presos vulneráveis, com celas maiores, beliches, chuveiro interno, quatro refeições diárias e duas horas de banho de sol.
A passagem de Luiz Estevão pela Papuda marcou época. Em 2018, uma operação encontrou regalias ilegais, como cafeteira, alimentos importados e entrada de documentos fora do expediente, situação que derrubou a direção do sistema prisional e rendeu condenação por corrupção ao ex-senador. Mesmo beneficiado anos depois por um indulto assinado por Bolsonaro, Estevão afirmou que nada mudou em sua vida, já que cumpria pena em regime aberto.

Na semana passada, a chefe de gabinete do ministro Alexandre de Moraes vistoriou o Centro de Detenção Provisória e o 19º Batalhão da PM do DF, a chamada “Papudinha”, hoje apontada como destino mais provável do ex-presidente condenado. Imagens amplamente divulgadas mostram celas com ventilador, televisão e beliches — conteúdo que chegou às redes graças ao videomaker Sam Pancher, ligado ao portal Metrópoles, comandado justamente por Luiz Estevão.
Apesar da inspeção, tanto a Polícia Federal quanto o governo do Distrito Federal resistem à ideia de receber Bolsonaro. O governador Ibaneis Rocha declarou que não tem como garantir condições adequadas de custódia e pediu a Moraes que o ex-mandatário passe por avaliação médica antes de qualquer transferência. O ministro deve analisar o pedido somente após o fim da fase recursal.
A Primeira Turma do STF finaliza nesta sexta-feira o julgamento dos embargos da defesa, que já conta com unanimidade pela manutenção da condenação. Bolsonaro só começará a cumprir a pena após o trânsito em julgado, embora a defesa ainda possa tentar embargos infringentes — recurso que não deve prosperar, já que apenas Luiz Fux votou pela absolvição.
Entre os ministros, não está descartada a possibilidade de Bolsonaro iniciar o cumprimento da pena em regime domiciliar, considerando idade, saúde fragilizada e a praxe jurídica de análise de benefícios após o início da execução. Mesmo assim, cresce a expectativa pelo destino do ex-presidente, agora oficialmente condenado por tentar destruir a democracia brasileira.
Com informações do DCM
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