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O ministro Alexandre de Moraes autorizou, nesta quinta-feira (13), que alguns dos principais nomes da direita — Cláudio Castro, Ronaldo Caiado, Tarcísio de Freitas e o deputado bolsonarista Guilherme Derrite — visitem Jair Bolsonaro, que segue em prisão domiciliar após ser condenado por liderar a trama golpista de 2022. O despacho inclui pedidos de 13 aliados que querem se reunir com o ex-presidente antes de ele finalmente ingressar no regime fechado.
Com as liberações, Bolsonaro tem visitas agendadas até 11 de dezembro. A lista inclui o governador Cláudio Castro, que deve ser recebido no dia 26 de novembro, o deputado Derrite em 1º de dezembro e, já no fim do período, Ronaldo Caiado e Tarcísio de Freitas, previstos para 9 e 10 de dezembro. O movimento acontece no exato momento em que esses mesmos nomes tentam se reposicionar em Brasília diante do colapso político do bolsonarismo.
As autorizações surgem enquanto governadores alinhados à extrema-direita e Derrite atuam no Congresso para tentar emplacar o chamado PL antifacção. A proposta, no entanto, sofreu resistência de parlamentares tanto da base do governo Lula quanto de setores da oposição, obrigando o relator a adiar a votação após várias críticas à versão apresentada.
Ao analisar os pedidos, Moraes destacou que a proximidade do início da execução da pena foi decisiva. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses por comandar a tentativa de golpe após sua derrota eleitoral e já teve seus recursos rejeitados pela Primeira Turma do STF, deixando sua situação jurídica praticamente definida.
Agora, Moraes avalia onde o ex-presidente irá cumprir o regime fechado. Entre as opções está o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, estrutura usada na custódia de outros condenados por crimes graves. A decisão final depende das últimas etapas processuais e de ajustes administrativos internos.
Com a proximidade da transferência, o bolsonarismo intensifica visitas e articulações, enquanto aliados tentam medir danos e preservar capital político em meio ao fim anunciado do mito da extrema-direita brasileira.
Com informações do DCM
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