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A Braskem e o governo de Alagoas firmaram um acordo de R$ 1,2 bilhão pelos danos ambientais e pelo afundamento do solo em bairros de Maceió, causados pela extração de sal-gema. O pagamento será feito ao longo de 10 anos, segundo a petroquímica, que já desembolsou R$ 139 milhões do total. O valor cobre compensações, indenizações e ressarcimentos ao Estado e ainda precisa ser homologado pela Justiça.
A medida encerra uma ação movida pelo governo estadual contra a empresa. Em nota, a Braskem classificou o acordo como “um avanço importante” em relação aos impactos do desastre. O governo de Alagoas ainda não se manifestou sobre o caso.
Representantes das vítimas criticaram o valor acertado. Maurício Sarmento, da Associação do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB), afirmou que o montante é irrisório diante dos prejuízos estimados pelo próprio governo, que chegam a R$ 30 bilhões. “A Braskem destruiu Maceió. O Estado firmou um acordo de apenas R$ 1,2 bilhão, enquanto a população vai arcar com R$ 5 bilhões”, disse.
A exploração de sal-gema começou na década de 1970, mas os primeiros sinais de colapso surgiram em 2018, quando rachaduras e tremores atingiram o bairro do Pinheiro. Em 2019, a extração foi apontada como a causa da instabilidade do solo, obrigando mais de 14 mil famílias a deixarem suas casas.
Em 2023, novas movimentações geológicas levaram ao colapso parcial da mina 18, sob a Lagoa Mundaú. O episódio reacendeu o debate sobre a responsabilidade da Braskem e o baixo valor das indenizações. Mesmo após o fechamento das minas, a empresa segue sendo alvo de ações civis e de uma CPI no Senado que apura o desastre e suas consequências.
Com informações do G1
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