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A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, já tem um roteiro informal definido por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e autoridades do Distrito Federal, segundo revelou a colunista Malu Gaspar, do Globo. Caso a Corte rejeite definitivamente os últimos recursos da defesa, o ministro Alexandre de Moraes deve determinar o início do cumprimento da pena de 27 anos e três meses de prisão entre o final de novembro e o início de dezembro.
O julgamento virtual dos embargos de declaração apresentados por Bolsonaro termina às 23h59 desta sexta-feira (14). Embora a Primeira Turma do STF já tenha maioria formada pela rejeição, o processo só será encerrado após a publicação do acórdão — prevista para os próximos dias. A partir disso, começa a contagem de cinco dias para que a defesa apresente embargos infringentes, último recurso antes da execução da pena.
Se o acórdão for publicado na segunda-feira (17), o prazo se estenderá até o dia 24, primeiro dia útil após o fim de semana. Encerrada essa etapa, Moraes poderá determinar, de forma monocrática, o início da prisão. A Papuda já foi inspecionada por auxiliares do ministro, e o destino mais provável de Bolsonaro é o 19º Batalhão da Polícia Militar, conhecido como Papudinha, onde ficam detidos agentes de segurança e autoridades.
A expectativa é de que Bolsonaro passe entre uma e duas semanas em regime fechado antes de uma possível transição para prisão domiciliar. No entanto, fontes próximas ao STF afirmam que Moraes pode definir um período mais longo, especialmente considerando a gravidade das acusações e o impacto institucional do caso.
Enquanto isso, a defesa do ex-presidente já prepara uma estratégia para tentar antecipar o benefício da prisão domiciliar, usando o pretexto de “problemas de saúde”. O time jurídico de Bolsonaro tenta repetir o modelo aplicado no caso de Fernando Collor, que obteve o regime domiciliar por decisão de Moraes após breve período em cela individual. A equipe médica já levantou diagnósticos de câncer de pele, refluxo, apneia do sono e hipertensão, em mais uma tentativa de vitimizar o ex-mandatário condenado por atentar contra a democracia.
O Supremo, porém, mantém o cronograma e a postura firme de garantir que Bolsonaro finalmente responda pelos crimes cometidos contra o Estado brasileiro e o processo democrático.
Com informações do DCM
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