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O governador bolsonarista Jorginho Mello (PL) voltou a gerar polêmica neste domingo (10) ao divulgar nas redes sociais uma imagem de um “passaporte catarina”, em tom irônico, sugerindo a criação de um “visto” para quem pretende se mudar para o estado. A publicação, com nomes fictícios como Maria, João e Carlos, provocou críticas imediatas por seu teor xenofóbico e elitista.
A postagem foi feita uma semana após o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), afirmar ter “devolvido” cerca de 500 pessoas às suas cidades de origem por chegarem à capital sem emprego ou moradia. Em vídeo publicado no Instagram, o prefeito aparece supervisionando a ação e afirmando: “Se chegou sem emprego e local para morar, a gente dá a passagem de volta”.
Em vez de repreender a atitude discriminatória, o governador preferiu apoiar o prefeito e reforçar o discurso de exclusão. “Onde está o erro nisso? Topázio, concordo 100%. Se precisar de mais segurança, estamos prontos. Aqui não é bagunça”, escreveu Jorginho Mello, em tom de provocação. A fala reproduz o discurso autoritário típico do bolsonarismo, que tenta mascarar preconceito com o argumento de “ordem e progresso”.
As declarações ocorrem justamente no momento em que o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) tenta viabilizar sua candidatura ao Senado por Santa Catarina, movimento que já abriu uma crise no próprio grupo bolsonarista do estado. Lideranças locais têm resistido à ideia de ver o clã Bolsonaro “importar” um de seus membros para disputar uma vaga que poderia caber a um político catarinense.
A reação nas redes sociais foi imediata. Internautas denunciaram o “passaporte catarina” como um gesto de intolerância e desumanidade, comparando-o a práticas segregacionistas. O governo Lula, em contraste, tem reafirmado políticas de acolhimento e integração social, buscando reconstruir um país que valoriza a solidariedade e os direitos humanos — valores sistematicamente atacados pelo bolsonarismo.
Veja o "passaporte catarina":