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A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação de oito militares e um agente da Polícia Federal acusados de integrar o “núcleo 3” da trama golpista que tentou derrubar o governo eleito e instaurar um regime autoritário no país. Segundo o órgão, o grupo atuou em duas frentes: pressionando o alto comando das Forças Armadas a aderir ao golpe e planejando ações armadas para desestabilizar a democracia.
Os acusados são apontados como mentores do plano terrorista batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o sequestro e até o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Para a PGR, os militares e o agente usaram suas posições estratégicas e treinamento técnico para tentar neutralizar autoridades centrais e promover o caos institucional.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que os réus tiveram “contribuição decisiva” na tentativa de golpe e destacou que sabiam perfeitamente que a narrativa de fraude eleitoral era falsa. “Eles colocaram autoridades públicas na mira de medidas letais e buscaram atrair forças militares para os intentos criminosos”, declarou.
Entre as provas apresentadas, há áudios do agente da PF Wladimir Soares, nos quais ele admite que o grupo estava disposto a usar força letal para executar o plano. Para a PGR, o material comprova a “disposição homicida e brutal” dos envolvidos, que planejavam atentados contra as principais lideranças políticas e judiciais do país.
O grupo tentou convencer generais do Exército a aderirem ao golpe, inclusive por meio de uma carta datada de 28 de novembro, que pedia a insubordinação da cúpula militar ao presidente eleito. Estão sendo julgados os militares Bernardo Romão Corrêa Netto, Estevam Theophilo, Fabrício Moreira de Bastos, Hélio Ferreira Lima, Márcio Nunes de Resende Jr., Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Ronald Ferreira de Araújo Jr. e o agente da PF Wladimir Matos Soares.
Até o momento, o Supremo já condenou 15 acusados ligados aos núcleos “crucial” e “da desinformação”, com penas que variam de 16 a 27 anos de prisão. Agora, o julgamento do “núcleo 3” pode ampliar o cerco sobre os militares envolvidos na tentativa de golpe que buscava manter Jair Bolsonaro no poder mesmo após sua derrota nas urnas.
Com informações do Brasil 247
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