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Quase 50 postos de combustíveis foram interditados nesta quarta-feira (5) nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins durante a Operação Carbono Oculto 86, que desarticulou um esquema milionário de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação mobilizou a Polícia Federal, Receita Federal, Ministério Público e forças estaduais, num dos maiores golpes já desferidos contra o braço financeiro da facção.
As investigações, conduzidas pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), revelaram o uso de empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para ocultar patrimônio e simular transações comerciais, dando aparência de legalidade a recursos oriundos do crime organizado. O esquema interestadual também envolvia redes de distribuição de combustíveis utilizadas para mascarar a origem ilícita do dinheiro.
De acordo com as autoridades, o grupo movimentava altas quantias em operações falsas de compra e venda, enquanto desviava milhões por meio de contratos simulados e transferências bancárias complexas. A estrutura financeira descoberta tinha conexões diretas com operadores da primeira fase da Operação Carbono Oculto, deflagrada em São Paulo, que já havia desmantelado um sistema bilionário de lavagem de dinheiro do PCC com apoio de financeiras da Faria Lima.
A nova ofensiva marca a expansão da investigação para o Norte e Nordeste, com foco em empresários e gestores do setor de combustíveis que facilitavam o escoamento de recursos da facção. Foram realizadas buscas, apreensões e bloqueios de bens em três estados, além da interdição de estabelecimentos envolvidos nas fraudes.
Para o governo federal, a ação é mais uma prova de que a integração entre órgãos federais e estaduais — princípio defendido na PEC da Segurança Pública — é o caminho mais eficaz para enfrentar o crime organizado e seus financiadores.
Com informações do Brasil 247
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