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O presidente Lula anunciou que o Brasil apresentará na COP30 um fundo global que pretende revolucionar o financiamento climático, substituindo o modelo de doações por um sistema de remuneração direta aos países que preservam suas florestas. "Estamos querendo sair da era da doação. A doação é muito importante, mas é sempre muito aquém daquilo que as pessoas precisam", afirmou Lula durante encontro com jornalistas estrangeiros em Belém, criticando o descumprimento das promessas feitas por nações ricas desde 2009.
O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) funcionará como um mecanismo de "ganha-ganha", captando recursos no mercado financeiro internacional com juros baixos e destinando parte da rentabilidade aos países que mantêm suas florestas preservadas - até US$ 4 por hectare conservado. "É um fundo que vai trazer rentabilidade ao investidor, e uma parte dessa rentabilidade vai financiar os países que mantêm sua floresta em pé", explicou Lula, destacando que a iniciativa beneficiará 73 países em desenvolvimento que abrigam mais de 1,1 bilhão de hectares de florestas tropicais.
A proposta representa uma guinada estratégica na política ambiental internacional e consolida o protagonismo brasileiro nas discussões climáticas. Lula lembrou que desde a COP15 em Copenhague, em 2009, os países ricos acumulam uma dívida de US$ 1,3 trilhão em promessas não cumpridas de financiamento climático. Com o TFFF, o Brasil não apenas oferece uma alternativa concreta ao modelo tradicional, mas também fará um aporte inicial de US$ 1 bilhão, demonstrando compromisso com o novo paradigma de valorização das florestas em pé.
Com informações da Secom
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