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Em declaração contundente às vésperas da reunião do Copom, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que os juros "vão ter que cair" no Brasil, independentemente da pressão dos bancos sobre o Banco Central. "Por mais pressão que os bancos façam sobre o Banco Central para não baixar juros, elas vão ter que cair", declarou Haddad durante evento da Bloomberg em São Paulo, questionando a lógica de manter os juros básicos em 15% ao ano.
O ministro foi enfático ao criticar os patamares atuais da taxa real de juros: "Não tem como sustentar 10% de juro real com a inflação andando em 4,5%. Você vai sustentar um juro de 15% em nome do quê?". A declaração representa um aumento significativo da pressão do governo sobre a autoridade monetária, que tem mantido a Selic em 15% ao ano com o argumento de assegurar o atingimento da meta de inflação.
A intervenção de Haddad ocorre em um momento de melhora gradual nas expectativas de inflação, que caíram para 4,55% neste ano no último boletim Focus, embora ainda permaneçam acima do centro da meta de 3%. O ministro, no entanto, evitou prever quando o BC iniciará o ciclo de cortes, limitando-se a afirmar a inevitabilidade da redução dos juros dada a trajetória descendente da inflação e os custos de manter a taxa básica em patamares historicamente elevados.
Com informações da Reuters
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