4/11/2025 15:40

CPI do Crime Organizado convoca Tarcísio, Castro e ministros. O clima esquenta em Brasília

8095 visitas - Fonte: Plantão Brasil

A CPI do Crime Organizado aprovou nesta terça-feira (4) o plano de trabalho do relator Alessandro Vieira (MDB-SE) e decidiu convocar dois ministros do governo Lula e 11 governadores, entre eles Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Cláudio Castro (PL-RJ). O objetivo é investigar a estrutura e o avanço das facções criminosas como PCC e Comando Vermelho, além de apontar responsabilidades nas políticas de segurança pública em nível estadual e federal.

Instalada no Senado Federal, a CPI representou uma vitória do governo Lula, após a eleição de Fabiano Contarato (PT-ES) como presidente, vencendo Hamilton Mourão (Republicanos-RS) por 6 votos a 5. Mourão ficou com a vice-presidência. O relator Alessandro Vieira, delegado e aliado do Planalto, deve conduzir os trabalhos com uma linha mais técnica e menos punitivista, em contraposição ao discurso de “lei e ordem” da extrema direita.

Entre os convidados, estão Clécio Luís (AP), Jerônimo Rodrigues (BA), Raquel Lyra (PE), Elmano de Freitas (CE) e Paulo Dantas (AL), de estados mais afetados pela violência, e também Jorginho Mello (SC), Ratinho Jr. (PR), Eduardo Leite (RS) e Ibaneis Rocha (DF), que governam regiões com melhores indicadores. Tarcísio e Castro foram incluídos por comandarem territórios dominados por facções e sob suspeitas de omissão política e policial.

Os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e José Múcio Monteiro (Defesa) também prestarão esclarecimentos, assim como o diretor-geral da PF, Andrei Passo Rodrigues, e o chefe da Abin, Luiz Fernando Corrêa. O objetivo é compreender a atuação integrada do governo federal no combate às redes criminosas.

A CPI também ouvirá jornalistas e pesquisadores renomados, como Josmar Josino, Rafael Soares, Cecília Olliveira, Bruno Paes Manso, Alan de Abreu e Rodrigo Pimentel, para aprofundar o debate sobre o impacto social das facções e das milícias. O colegiado, com duração inicial de 120 dias, pode ser prorrogado por mais 60 e deverá propor mudanças legislativas para enfraquecer o crime organizado.

Com informações do DCM

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