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O governo de Gaza denunciou que Israel está estrangulando a entrada de ajuda humanitária no território palestino, descumprindo drasticamente os acordos estabelecidos. Dados oficiais revelam que apenas 24% do total combinado de suprimentos conseguiu chegar ao enclave, com situação ainda mais crítica no caso de combustível, onde apenas 10% do volume acordado foi autorizado.
A escassez imposta por Tel Aviv coloca em risco a vida de milhares de palestinos, com hospitais funcionando de forma precária e 350 mil pacientes de doenças crônicas sem acesso a medicamentos essenciais. O diretor do complexo médico Al-Shifa, Muhammad Abu Salmiya, alertou que apenas 10% dos suprimentos médicos necessários conseguiram entrar em Gaza desde o cessar-fogo, enquanto o diretor da Rede de ONGs locais, Amjad Shawa, acusou Israel de manter quatro das seis passagens de fronteira completamente fechadas.
A política de bloqueio sistemático, classificada pelo Centro Palestino de Direitos Humanos como "obstrução deliberada", aprofunda uma das maiores crises humanitárias deste século e coloca a comunidade internacional diante do desafio de fazer cumprir as normas básicas de proteção humanitária.
Com informações da Prensa Latina
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