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O governo brasileiro iniciou uma corrida contra o tempo para resolver o impasse das tarifas impostas por Donald Trump, com planos de realizar uma reunião em Washington nos próximos 15 dias. A comitiva de alto nível terá o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Vieira (Relações Exteriores) na tentativa de derrubar a sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros.
Apesar do otimismo moderado no Planalto, há forte preocupação com as táticas de pressão que Trump pode empregar durante as negociações. Fontes do governo alertam para o risco de o presidente norte-americano transformar o diálogo comercial em uma arena de chantagens diplomáticas, buscando concessões em temas sensíveis como meio ambiente, tecnologia e geopolítica regional.
O Itamaraty trabalha em uma estratégia que combine pragmatismo comercial com a defesa da soberania nacional, descartando inicialmente a inclusão de temas como a participação do Brasil nos BRICS ou o comércio de terras raras. No entanto, diplomatas admitem que a Venezuela pode ser usada como moeda de troca por Washington, em mais um capítulo da complexa relação entre os dois países. O desfecho dessas negociações será crucial não apenas para o comércio exterior, mas para a própria imagem do Brasil como ator global soberano.
Com informações do G1
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