30/10/2025 11:56

Argentina trata facções do Brasil como ameaça terrorista e reforça fronteira

5092 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O governo da Argentina decretou alerta máximo na fronteira com o Brasil e ordenou o envio de tropas, blindados e helicópteros do Exército para reforçar a segurança na região. A medida, anunciada pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, foi motivada pela Operação Contenção, realizada no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes — a maior chacina da história do país.

Em coletiva na Casa Rosada, Bullrich afirmou que o objetivo é impedir a entrada de criminosos brasileiros que possam tentar cruzar o território argentino. “Vou emitir o alerta máximo para que não haja nenhuma travessia ao território argentino por parte daqueles que estejam se deslocando do centro do conflito no Rio”, disse. Segundo ela, todos os brasileiros que entrarem na Argentina passarão por inspeções rigorosas, sem confundir turistas com suspeitos.

A ministra também enviou um pedido formal ao Ministério da Defesa para reforçar militarmente a fronteira com base na “teoria da debandada”, segundo a qual criminosos cercados buscam refúgio em países vizinhos. O ministro da Defesa, Luis Petri, confirmou o envio de tropas, veículos blindados e unidades de ciberdefesa à província de Misiones, na Tríplice Fronteira com o Brasil e o Paraguai. “São narcoterroristas com poder de fogo militar, utilizando drones armados”, declarou Petri.

A operação inclui cooperação policial com o Brasil e o Paraguai, reforço aéreo e vigilância eletrônica. Bullrich aproveitou para anunciar que o Comando Vermelho e o PCC foram oficialmente classificados como organizações terroristas na Argentina, sendo incluídos no Registro Público de Entidades Ligadas a Atos de Terrorismo (REPET). Segundo ela, há 39 brasileiros presos no país, dos quais 13 pertencem a facções.

Em tom crítico, Bullrich atacou o sistema prisional brasileiro, afirmando que “no Brasil há penitenciárias controladas pelos traficantes”. A ministra também declarou que as facções têm ligações com o terrorismo internacional, citando a cooperação entre o PCC e o grupo Hezbollah. O governo argentino, cada vez mais alinhado aos Estados Unidos, já havia classificado organizações da Venezuela e do Equador como terroristas.

Com informações do Brasil 247

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