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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quarta-feira (29) o sucesso no teste do Poseidon, um torpedo nuclear movido a energia atômica e apelidado de “torpedo do Juízo Final” por seu potencial destrutivo. A arma, segundo especialistas, seria capaz de gerar tsunamis radioativos e devastar regiões inteiras.
O artefato, que combina as funções de torpedo e drone subaquático, pode ser lançado de submarinos e operar por longos períodos, graças a um reator resfriado a metal líquido. Com 20 metros de comprimento, 100 toneladas e alcance de até 10 mil quilômetros, o Poseidon poderia carregar uma ogiva de até dois megatons, o equivalente a 133 bombas de Hiroshima. Putin afirmou que “não há nada igual no mundo” e que o sistema “é impossível de ser interceptado”.
Desde 2018, o Kremlin vem divulgando o desenvolvimento de armas desse tipo como resposta à expansão da Otan e à saída dos Estados Unidos do Tratado Antimísseis de 1972. Nas últimas semanas, Moscou intensificou as demonstrações de força nuclear, testando também o míssil de cruzeiro Burevestnik e realizando exercícios com ogivas atômicas.
Analistas internacionais afirmam que os testes são um recado direto ao Ocidente de que a Rússia não pretende recuar na guerra da Ucrânia e continuará investindo em armamentos capazes de contornar os sistemas de defesa norte-americanos. Putin ainda comparou o poder do Poseidon ao do míssil intercontinental Sarmat, conhecido como “Satan II”, ressaltando que a nova arma representa “um avanço inigualável” da tecnologia militar russa.
O presidente dos EUA, Donald Trump, reagiu afirmando que Putin deveria “encerrar a guerra na Ucrânia” em vez de “brincar de teste nuclear”. A declaração, porém, foi vista por diplomatas como sinal de desconforto — e não de força —, já que os EUA perdem espaço no tabuleiro geopolítico enquanto Rússia e China consolidam alianças com países do Sul Global.

Com informações do G1
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