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O Senado dos Estados Unidos aprovou, na noite desta terça-feira (28), um projeto de lei que revoga as tarifas impostas ao Brasil por Donald Trump, que afetavam produtos como petróleo, café e suco de laranja. A proposta, de autoria do senador democrata Tim Kaine, teve 52 votos a favor e 48 contra — um recado direto ao presidente norte-americano.
Apesar da aprovação, a medida enfrenta grandes obstáculos. O texto precisa passar pela Câmara dos Representantes, dominada pelos republicanos e leais a Trump, que podem simplesmente barrar a tramitação. Mesmo que avance, o magnata pode vetar o projeto, o que revelaria sua dificuldade em lidar com o próprio partido após a traição de cinco senadores republicanos na votação.
Kaine declarou que a intenção é expor os danos da política tarifária de Trump, que, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso, contribui para o aumento do desemprego, da inflação e para o enfraquecimento da economia dos EUA. Entre os republicanos que votaram contra o presidente estão nomes de peso, como Mitch McConnell e Lisa Murkowski — um sinal claro de que parte do partido quer se afastar do autoritarismo trumpista.
A votação ocorre em meio à reaproximação diplomática entre Brasil e Estados Unidos. No domingo (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com Trump por 45 minutos na Malásia, e no dia seguinte os dois países iniciaram negociações técnicas para derrubar as tarifas. Lula entregou ao republicano um relatório mostrando que, nos últimos 15 anos, os EUA acumularam superávit de US$ 410 bilhões na balança comercial com o Brasil.
Durante o encontro, Lula defendeu a suspensão temporária das tarifas enquanto as tratativas estiverem em curso e enfatizou que “não existem temas proibidos” nas negociações. Trump, acuado, limitou-se a dizer que o encontro foi “muito bom”, mas sem prometer um acordo imediato. Para o Brasil, a ofensiva diplomática de Lula representa não apenas um avanço comercial, mas também uma vitória política contra a política isolacionista e belicosa do trumpismo.
Setores empresariais dos dois países celebraram a retomada do diálogo e esperam um acordo nas próximas semanas. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Amcham classificaram o encontro como “um avanço concreto”. Enquanto isso, o Senado norte-americano deixou claro: o mundo começa a reagir à arrogância de Trump, e o Brasil, sob a liderança de Lula, volta a ocupar o espaço de respeito e protagonismo que merece.
Com informações do G1
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