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Em tom de alarme, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) convocou o povo brasileiro a entrar em "estado de alerta permanente" diante de indícios de uma nova ofensiva golpista contra a democracia. Em entrevista, o petista advertiu que setores reacionários – com apoio de "poderes ocultos no Judiciário e na mídia" – preparam uma ação "mais violenta e sofisticada" que os ataques de 8 de janeiro de 2023.
"Estão construindo a narrativa para justificar um novo ataque às instituições", disparou Farias, citando três frentes de atuação coordenada: 1) campanhas de desinformação amplificando crises do governo; 2) uso seletivo de vazamentos e processos judiciais (lawfare) contra aliados de Lula; 3) mobilização de setores das Forças Armadas através de grupos de reservistas. "Há um plano para criar o caos social e justificar uma intervenção", acusou, sem apresentar provas.
O parlamentar vinculou a suposta trama a dois eventos recentes: a decisão do STF que pode condenar Bolsonaro por golpismo e as investigações sobre interferência estrangeira articulada por Eduardo Bolsonaro. "Eles sentem que o cerco se fecha e partirão para o tudo ou nada". Como resposta, defendeu a criação de comitês populares de defesa da democracia em fábricas, universidades e bairros periféricos.
A advertência ecoa relatórios de inteligência da Abin que apontam aumento de 340% em discursos de ódio contra o STF em fóruns bolsonaristas desde maio. Para o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, "a ameaça é real, mas não subestimaremos a capacidade de reação democrática". Já o Planalto prepara um pacote de medidas que inclui:
•Aceleração da regulamentação das redes sociais (PL 2630/2020)
•Reforço no monitoramento de grupos extremistas
•Campanhas públicas sobre "resistência à desinformação"
Lindbergh finalizou com um apelo: "Em 2022 salvamos a democracia nas urnas. Agora, precisamos defendê-la nas ruas e nas redes". O recado reflete o temor de parte do PT de que a direita repita estratégias como as que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff, desta vez com apoio de novas táticas híbridas de desestabilização.
A fala de Christopher Landau, vice-secretário de Estado do governo Trump, contra o ministro Alexandre de Moraes, é mais um passo na escalada progressiva de interferência dos EUA nos assuntos internos do Brasil. Já vimos sanções ilegítimas contra ministro do STF, ameaças públicas…
— Lindbergh Farias (@lindberghfarias) August 9, 2025