10/8/2025 12:26

EDUARDO AMEAÇA BRASIL: "EUA irão às últimas consequências para DESTRUIR obstáculos"

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acendeu um novo rastilho de tensão geopolítica ao declarar, em encontro com apoiadores em São Paulo, que os Estados Unidos estão dispostos a "ir às últimas consequências para destruir todos os obstáculos" que enfrentam. A frase ambígua, proferida sem especificar quais seriam tais obstáculos ou meios de ação, foi imediatamente interpretada como uma referência indireta às instituições brasileiras que investigam sua família – especialmente o STF e a Polícia Federal.

"Temos aliados poderosos além-fronteiras que não medirão esforços para liquidar entraves ao nosso projeto", afirmou o parlamentar, segundo gravações obtidas pela imprensa. A fala ecoa discursos recentes de bolsonaristas radicais que pregam intervenção estrangeira contra o governo Lula, aproveitando-se da crise diplomática gerada pelas denúncias de espionagem americana contra a Petrobras.

O Itamaraty reagiu com contundência às declarações. Em nota oficial, classificou as palavras de Eduardo como "chantagem inaceitável" e reafirmou que "o Brasil não se dobrará a pressões externas de qualquer natureza". Fontes do Palácio do Planalto sugerem que o discurso será usado como prova em investigações sobre violação da Lei de Segurança Nacional, já que insinua aliança com potência estrangeira contra a ordem democrática.

Analistas veem o episódio como parte de uma estratégia desesperada do clã Bolsonaro. Com Jair sob risco de prisão no julgamento do golpe no STF e Michelle respondendo por obstrução à PF, Eduardo tenta reposicionar-se como líder do movimento, radicalizando o discurso para manter a base mobilizada. O timing não é casual: a declaração ocorre horas após o Departamento de Estado americano rejeitar pedido de extradição de Allan dos Santos, blogueiro bolsonarista condenado por fake news.

Para juristas, as palavras do deputado podem configurar crime de advocacia de interesses estrangeiros (art. 337 do CP). "Quando um parlamentar sugere que potência externa intervirá contra instituições nacionais, está ferindo a soberania brasileira", alerta o constitucionalista Pedro Serrano. O Ministério Público Federal já estuda incluir o vídeo no inquérito que investiga redes bolsonaristas por articulação golpista.

A repercussão em Washington foi imediata: fontes da Casa Branca negaram qualquer vínculo com as declarações, afirmando que "não endossam interferência em democracias aliadas". Mas o estrago político está feito – e a fala de Eduardo Bolsonaro entra para o histórico de declarações que transformaram seu nome em sinônimo de crise diplomática.

Com informações do X

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