PGR escancara atuação de bolsonaristas que usaram PRF e Justiça para sabotar democracia

Portal Plantão Brasil
22/4/2025 13:04

PGR escancara atuação de bolsonaristas que usaram PRF e Justiça para sabotar democracia

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Durante sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (23), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que os integrantes do chamado "núcleo 2" da trama golpista de Jair Bolsonaro foram responsáveis por gerenciar ações práticas da tentativa de destruir a democracia e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, legitimamente eleito em 2022. Gonet destacou que todos ocupavam cargos estratégicos na estrutura do Estado e atuaram diretamente na operação da organização criminosa.

Entre os denunciados estão figuras centrais do governo Bolsonaro: Silvinei Vasques (ex-diretor da PRF), o general da reserva Mario Fernandes, o ex-assessor Filipe Martins, o coronel Marcelo Câmara, e os delegados Marília Alencar e Fernando Oliveira. Todos, segundo a PGR, usaram suas posições para implementar o plano golpista, que incluía ações para impedir o voto de eleitores de Lula e até planos para assassinar o presidente eleito, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

A denúncia detalha que Silvinei Vasques e os ex-diretores do Ministério da Justiça, Marília Alencar e Fernando Oliveira, se valeram da Polícia Rodoviária Federal para promover bloqueios ilegais em regiões onde o então candidato Lula liderava, tentando reduzir o comparecimento dos eleitores petistas no segundo turno. A PRF, sob comando bolsonarista, virou instrumento de repressão eleitoral.

Mais grave ainda são os apontamentos contra Mario Fernandes e Marcelo Câmara, que segundo a PGR, participaram da elaboração de um plano de assassinato das principais autoridades do país para facilitar a tomada do poder. A defesa de Fernandes admitiu a existência de um documento com o plano, mas tentou minimizar seu impacto, alegando que o material nunca foi entregue. Câmara, por sua vez, alegou que apenas lidava com informações de fontes abertas.

Filipe Martins, que ocupava um cargo de assessor internacional no governo Bolsonaro, foi apontado como o responsável por apresentar a minuta de decreto que daria base ao golpe, criando um estado de exceção no país. Ele nega envolvimento, mas o documento foi apreendido na casa do ex-ministro Anderson Torres e se tornou prova-chave do plano criminoso.

A denúncia será analisada pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Caso seja aceita, os seis envolvidos passarão à condição de réus e responderão a processo criminal no STF. Trata-se de mais uma etapa do processo de responsabilização dos que tentaram rasgar a Constituição para manter Bolsonaro no poder à força.
Com informações do Brasil 247

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