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Durante sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (23), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que os seis integrantes do chamado “núcleo 2” da trama golsonarista foram peças-chave na tentativa criminosa de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Gonet, os acusados ocuparam “posições profissionais relevantes” e “gerenciaram ações da organização criminosa” montada para abolir violentamente o Estado Democrático de Direito.
A denúncia se soma à já aceita pelo STF contra Jair Bolsonaro e outros sete aliados, responsáveis pelo núcleo central do plano golpista. O “núcleo 2”, por sua vez, é composto por figuras que atuaram diretamente na operacionalização do golpe a partir de cargos estratégicos no governo Bolsonaro, incluindo forças de segurança pública e militar.
Entre os denunciados estão o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques; os ex-integrantes do Ministério da Justiça, Marília Alencar e Fernando Oliveira; o general da reserva Mário Fernandes; o coronel Marcelo Câmara; e o ex-assessor presidencial Filipe Martins.
Segundo a PGR, o trio ligado à PRF foi responsável por coordenar operações de bloqueio de estradas no segundo turno de 2022, visando dificultar a chegada de eleitores de Lula às urnas, especialmente no Nordeste. A ação antidemocrática foi denunciada na época como tentativa explícita de interferência no resultado eleitoral.
Ainda mais grave, o general Mário Fernandes é acusado de ter redigido um plano de assassinato contra Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes — o chamado “Plano Punhal Verde e Amarelo”. A defesa do militar não negou a existência do documento, apenas alegou que ele não teria sido entregue.
Já Filipe Martins, assessor de Bolsonaro conhecido por suas ligações com setores extremistas da ultradireita global, é apontado como autor da minuta do golpe, texto que previa medidas autoritárias e inconstitucionais para manter Bolsonaro no poder. A defesa, como nas demais acusações, nega envolvimento.
Com o julgamento em andamento, os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia decidirão se aceitam a denúncia da PGR. Caso aprovada, os acusados se tornarão réus por crimes que incluem tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada e outros.
Com informações do Brasil247
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