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O ator Antônio Fagundes voltou a se posicionar com firmeza contra Jair Bolsonaro, desta vez em entrevista à Folha de S.Paulo. Fagundes recorreu ao filósofo Karl Popper para explicar a ascensão do ex-presidente da extrema direita, afirmando que “você é tão tolerante que permite que um cara seja eleito para destruir a tolerância”. A referência ao “paradoxo da tolerância” resume com precisão o estrago que Bolsonaro causou à democracia brasileira desde que chegou ao poder.
Irritado com a crítica, Bolsonaro reagiu nas redes sociais com a conhecida tática do deboche e da incitação velada ao ódio. Compartilhou a frase dita por Fagundes e acrescentou a legenda “um bom ator! Um forte abraço!”, o que foi interpretado por muitos como um convite indireto para seus seguidores atacarem o artista. Como de costume, bolsonaristas reagiram com agressões nos comentários.

Nos comentários à publicação do ex-presidente, não faltaram ofensas e provocações ao ator. Um seguidor, repetindo a retórica de desinformação habitual do bolsonarismo, escreveu: “mais um no ostracismo querendo aparecer”. A estratégia é velha: tentar deslegitimar quem ousa criticar o líder de um movimento que flerta com o autoritarismo e desrespeita as instituições democráticas.
Fagundes, no entanto, foi além na entrevista e comentou sobre os crimes pelos quais Bolsonaro responde atualmente, especialmente os relacionados à tentativa de golpe de Estado. Para o ator, o ex-capitão deu sinais desde o início de que conspirava contra a democracia. Já em 2018, quando venceu as eleições, Bolsonaro lançava dúvidas sobre o resultado por não ter vencido no primeiro turno.
“Ele já preparou lá atrás um golpe. E foi ele quem disse. Não foi inteligência artificial, não foi ninguém. Foi ele”, declarou o ator, numa fala que resgata a memória dos ataques sistemáticos de Bolsonaro às urnas eletrônicas, ao STF e à própria Constituição.
A tentativa do ex-presidente de inverter a narrativa e posar como vítima não convence mais quem defende o Estado de Direito. Com sua fala lúcida, Antônio Fagundes reforça que, diante do autoritarismo, neutralidade é cumplicidade.
Com informações do DCM
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