15/4/2025 17:24

Gleisi denuncia traição de aliados ao apoiar anistia a golpistas de Bolsonaro

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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), reagiu com indignação ao apoio de deputados da base governista ao Projeto de Lei da Anistia, que busca livrar de punição os responsáveis pelos ataques terroristas de 8 de janeiro de 2023. Em tom firme, Gleisi classificou a atitude como "absurda" e uma "afronta direta à democracia brasileira".

O projeto é capitaneado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tenta escapar da responsabilização pelos atos golpistas que visavam derrubar o governo legitimamente eleito. Para Gleisi, apoiar esse tipo de proposta sendo parte da base do presidente Lula é trair o compromisso com o Estado Democrático de Direito. “É uma grave afronta ao Judiciário e à democracia. Trata-se de dar continuidade ao golpe”, alertou a ministra.

A proposta, de autoria do bolsonarista Major Vitor Hugo (PL-GO), já conta com 257 assinaturas, suficientes para tramitar em regime de urgência, caso o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decida pautá-la. Entre os signatários, vergonhosamente, há parlamentares de partidos aliados do governo Lula — o que expôs a fragilidade de setores oportunistas que flertam com o golpismo em troca de conveniência política.

Gleisi ainda lembrou que o projeto visa blindar Jair Bolsonaro e seus cúmplices da responsabilização pelos atos de terrorismo, incluindo tentativas de assassinato contra o presidente Lula e outras autoridades. “Não se trata de ‘manifestantes pacíficos’, mas de criminosos que tentaram subverter o resultado das urnas. Isso não pode ser anistiado”, destacou.

A ministra confia que muitos deputados assinaram sem compreender totalmente o conteúdo do projeto. Mesmo assim, reiterou que “urgência é para projetos que beneficiam o povo, não para garantir impunidade de golpistas”. A oposição bolsonarista, ciente da fragilidade do apoio, agora corre para expor os nomes dos signatários e intimidar recuos.

Enquanto isso, ministros do STF alertam para os riscos institucionais da tentativa de anistia. Gleisi reforçou que a revisão de penas cabe apenas ao Judiciário, e qualquer manobra parlamentar nesse sentido é uma afronta à separação de poderes prevista na Constituição.

Com informações do Brasil247

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