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Em mais um recuo que evidencia a inconsistência de sua política comercial, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu nesta segunda-feira (14) que avalia conceder isenções temporárias às tarifas de 25% aplicadas a peças automotivas importadas. A medida, segundo ele, seria para "ajudar as montadoras" durante a transição de fornecedores internacionais — como Canadá e México — para a produção doméstica.
A informação foi divulgada pela Bloomberg e mostra o descompasso entre o discurso protecionista de Trump e a realidade do mercado global. Após anunciar uma série de tarifas unilaterais com o pretexto de proteger a indústria norte-americana, Trump agora se vê obrigado a ceder à pressão de grandes corporações, repetindo o que já havia feito com empresas do setor de tecnologia, como a Apple.
"Estou analisando algo para ajudar as montadoras com isso. Elas estão mudando para peças que eram feitas no Canadá, México e outros lugares, e precisam de um pouco de tempo", declarou Trump no Salão Oval, sem apresentar qualquer plano concreto ou cronograma para a substituição.
A fala do presidente escancara a contradição entre sua retórica populista e a dependência das cadeias produtivas globais, especialmente em setores estratégicos como o automotivo. Ao impor tarifas sem planejamento, Trump gerou instabilidade para as próprias empresas que afirma defender — e agora tenta remendar os danos com medidas paliativas.
A promessa de “reindustrializar” os Estados Unidos virou uma política errática de vai-e-volta, marcada por improviso e barganhas políticas. Mesmo com as tarifas, montadoras e fornecedores seguem demonstrando resistência em relocalizar suas operações, diante dos altos custos e da complexidade logística envolvida.
Com informações da Bloomberg
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