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Donald Trump voltou a usar a guerra na Ucrânia como palanque político para atacar adversários e tentar reescrever sua responsabilidade no conflito. Em postagens recentes nas redes sociais, o presidente norte-americano tenta se vender como mediador da paz, culpando Joe Biden e Volodymyr Zelensky pela tragédia iniciada em 2022 — apesar de seus próprios históricos discursos pró-Kremlin e sua hostilidade à diplomacia internacional.
Trump chegou a afirmar que a guerra "é de Biden, não minha", como se sua retórica belicista, sua sabotagem à OTAN e sua conivência com Vladimir Putin durante o primeiro mandato não tivessem contribuído diretamente para o agravamento da crise. Tentando surfar no caos que ajudou a instalar, o ex-presidente agora fala em cessar-fogo de 30 dias — proposta já rechaçada por Moscou, que insiste em manter bombardeios e exige o fim de sanções para negociar.
Zelensky teria aceitado a proposta de trégua de forma integral, mas Putin limitou-se a sinalizar redução de ataques apenas contra instalações energéticas. Ainda assim, os confrontos não cessaram: em menos de 24 horas, tanto Ucrânia quanto Rússia se acusaram mutuamente de violar o cessar-fogo. Para piorar, Trump tentou atrelar o início da guerra à sua velha mentira de que a eleição de 2020 foi fraudada, uma narrativa desmentida por todas as instituições democráticas dos EUA.
A tentativa do republicano de posar como pacificador não convenceu nem mesmo analistas conservadores. Trump tem utilizado o conflito como arma de campanha, buscando manipular a opinião pública com ataques a Zelensky, Biden e à comunidade internacional — enquanto ignora a gravidade do drama humano causado pela invasão russa.
No campo diplomático, seu plano se revelou frágil e vazio: Putin exige a retomada de privilégios comerciais e controle sobre o Mar Negro, o que a Ucrânia recusa categoricamente. A guerra já matou mais de 12 mil civis e segue sem qualquer solução real proposta por Trump, cuja suposta neutralidade serve apenas para encobrir seu histórico de cumplicidade com o autoritarismo russo.
Com informações do Metrópoles
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